Yemoja
Aspectos Gerais
Dia: Sábado
Data: 02 de fevereiro
Metal: Prata e Prateados.
Pedra: Água marinha.
Cor: Branco, criatal, azul e rosa
Comida: Ebô de milho branco e camarão seco, manjar branco com leite de coco e açúcar, acaçá, peixe de água salgada, bolo de arroz e mamão.
Símbolo: Abebé prateado.
Elementos: águas doces que correm para o mar, águas do mar
Região da África: Egbà e Abeokunta
Pedras: cristal e água marinha
Folhas: pata-de-vaca, umbaúba, mentrasto
Odú que rege: Yorosun
Domínios: maternidade (educação), saúde mental e psicológica
Saudação: Erù-Iyá, Odó-Iyá
Orígem e História
No Brasil, é muito venerada, e seu culto tornou-se quase independente do CANDOMBLÉ. É representada como uma sereia de longos cabelos pretos. Rege a maternidade, é mãe dos peixes que representam fecundidade. Seu dia é sábado. Nas grandes "obrigações", são oferecidos cabra branca, pata ou galinha branca. Gosta muito de flores e é costume oferecer-lhe de quatro a sete rosas brancas abertas, que são jogadas ao mar para agradecimento. Sua cor é o branco com azul. Usa um ADÉ com franjas de miçangas que esconde o rosto. Leva na mão o BÉBÊ -- leque ritual de metal prateado de forma circular, com uma sereia recortada no centro.
YEMANJÁ, por presidir a formação da individualidade, que como sabemos está na cabeça, está presente em todos os rituais, especialmente o BORI.
È a rainha de todas as águas do mundo, seja dos rios, seja as do mar. Seu nome deriva da expressão YéYé Omó Ejá, que significa, mãe cujo filhos são peixes. Na África era cultuada pelos egbá, nação Iorubá da região de Ifé e Ibadan onde se encontra o rio Yemojá. Esse povo se tranferiu para a região de Abeokutá, levando consigo os objetos sagrados da deusa, e foram depositados no rio Ogum, o qual, diga-se de passagem, não tem nada a ver com o Orixá Ogum, apesar de no Brasil Yemojá ser cultuada nas águas salgadas, sua orígem é de um rio que corre para o mar. Inclusive, todas as suas saudações, orikís e cantigas remetem a essa orígem, Odó Iyà por exemplo, significa mãe do rio, já a saudação Erù Iyà faz alusão às espumas formadas do encontro das águas do rio com as águas do mar, sendo esse um dos locais de culto a Yemonjá.
Yemonjá é a mãe de todos os filhos, mãe de todo mundo; É ela quem sustenta a humanidade e, por isso, os órgão que a relacionam à maternidde, ou seja, sua vulva e seus seios chorosos, são sagrados.
Yemonjá que se estende na amplidão,
Aiyabá que vive na água funda,
Faz amata virar estrda,
Bebe cachaça na cabaça,
Permanece plena em presença do rei.
Yemonjá se vira quando vem a ventania,
Gira e rodopia em volta da vila.
Yemonjá descontente destrói pontes.
Come na casa, come no rio...
Mar, dono do mundo,
Que sra qualquer pessoa.
Velha dona do mar.
Fêmea flauta, acorda em acordes na casa do rei,
Descansa qualquer um em qualquer terra.
Cá na terra, cala-à flor-d'água, fala...
Yemanjá é o espelho do mundo, que reflete todas as diferenças, pois a mãe é sempre um espelho para o filho, um exemplo de conduta. Ela é a mãe que orienta, que mostra os caminhos, que educa, e sabe, sobre tudo, explorar as potencialidades que estão dentro de cada um, como fez com os guerreiros de Olofin, mostrando o quanto eram bons em seus ofícios, mas dizendo, ao mesmo tempo, que a guerra maior é a que travamos contra nós mesmos.
Iemanjá foi violentada por seu próprio filho, Orugan; Dessa relação incestuosa nasceram diversos Orixás e deus seios rasgados jorraram todos os rios do mundo. Iemanjá acabou se desmanchando em suas próprias lágrimas e transformando se num rio que correu em direção ao oceano. Por tanto não é por acaso que as lágrimas e o mar tem o mesmo sabor.
Dissimulada, e ardilosa Iemanjá faz uso da chantagem afetiva para manter os filhos sempre perto de si. É considerada a mãe da maioria dos Orixás de Origem Iorubá. É o tipo de mãe que quer os filhos sempre por perto, que tem uma palavra de carinho, um conselho, um alívio psicológico. Quando os perde é capaz de desequilibrar-se completamente.
Iemanjá é a mãe que não faz distinção dos seus filhos, sejam como forem, tenham ou não saído de seu ventre. Quando humildemente criou, com todo amor e carinho, aquele menino cheio de chagas, fez irromper um grande guerreiro. Iemanjá criou Omolu, o filho de senhor, o rei da terra, o próprio SOL.
O PERFIL DO ORIXÁ
Comparada com as outras divindades do panteão africano, o Orixá feminino ioruba Iemanjá é uma figura extremamente simples. Ela é uma das figuras mais conhecidas nos cultos brasileiros, com o nome sempre bem divulgado pela imprensa, pois suas festas anuais sempre movimentam um grande número de iniciados e simpatizantes, tanto da Umbanda como do Candomblé.
Pelo sincretismo, porém, muita água rolou. Os jesuítas portugueses, tentando forçar a aculturação dos africanos e a aceitação, por parte deles, dos rituais e mitos católicos, procuraram fazer casamentos entre santos cristãos e Orixás africanos, buscando pontos em comum nos mitos.
Para Iemanjá foi reservado o lugar de Nossa Senhora, sendo, então, artificialmente mais importante que as outras divindades femininas, o que foi assimilado em arte por muitos ramos da Umbanda.
Mesmo assim,não se nega o fato de sua popularidade ser imensa, não só por tudo isso, mas pelo caráter, de tolerância, aceitação e carinho.É uma das rainhas das águas, sendo as duas salgadas: as águas provocadas pelo choro da mãe que sofre pela vida de seus filhos, que os vê se afastarem de seu abrigo, tomando rumos independentes; e o mar, sua morada, local onde costuma receber os presentes e oferendas dos devotos.
São extremamente concorridas suas festas. É tradicional no Rio de Janeiro, em Santos (litoral de São Paulo) e nas praias de Porto Alegre a oferta ao mar de presentes a este Orixá, atirados à morada da deusa, tanto na data específica de suas festas, como na passagem do ano. São comuns no reveillon as tendas de Umbanda na praia, onde acontecem rituais e iniciados incorporam caboclos e pretos-velhos, atendendo a qualquer pessoa que se interesse.
Na África, a origem de Iemanjá também é um rio que vai desembocar no mar. De tanto chorar com o rompimento com seu filho Oxóssi, que a abandonou e foi viver escondido na mata junto com o irmão renegado Oçãnhim (Oçanhe). Iemanjá se derreteu, transformando-se num rio que foi desembocar no mar. É a mãe de quase todos os Orixás de origem ioruba ( com exceção de Logunnedê ), enquanto a maternidade dos Orixás Daomeanos é atribuída a Nanã.
É portanto semelhante às outras mães da água, o que é compreensível, já que as diferentes tribos e nações acabaram por desenvolver o culto a um Orixá feminino específico, que relacionavam com um rio da região. No caso de Iemanjá, as lendas africanas já a identificavam com o mar, como podemos perceber pela narrativa recolhida por Pierre Verger:
Iemanjá seria a filha de Olokum, deus ( no Daomé, atual Benin ) ou deusa ( em Ifé ) do mar. Em uma história de Ifé ela aparece casada pela primeira vez com Orunmilá , senhor das adivinhações, depois com Olofin , rei do Ifé, com o qual teve supostamente dez (10) filhos. Iemanjá, cansada de sua permanência em Ifé, foge mais tarde em direção ao oeste. Outrora, Olokum lhe havia dado, por medida de precaução, uma garrafa contendo um preparado (...) com a recomendação de quebrá-la no chão em caso de extremo perigo. E assim Iemanjá foi instalar-se no Entardecer da Terra, o Oeste .
A lenda diz que Olofin, rei de Ifé, lançou o exercito à sua procura, o que fez Iemanjá, no esconderijo, quebrar a garrafa. Teria, então, na mesma hora, se formado um rio que a tragou, levando-a para Okum, o oceano - morada de seu pai Olokum.
Apesar dos preceitos tradicionais relacionarem tanto Oxum como Iemanjá à função da maternidade, pôde estabelecer-se uma boa distinção entre esse conceitos. As duas Orixás não rivalizam ( Iemanjá praticamente na rivaliza com ninguém, enquanto Oxum é famosa por suas pendências amorosas que a colocaram contra Iansã e Oba ). Cada uma domina a maternidade num momento diferente.
CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE IEMANJÁ
No arquétipo psicológico, expandem-se as características insinuadas pela descrição dos mitos e lendas de Iemanjá. Também fica fácil entender os conceitos principais se mantivermos a comparação com o Orixá Oxum. Como os filhos da mãe da água doce, os de Iemanjá, também gostam de luxo, das jóias caras e dos tecidos vistosos. Gostam de viver num ambiente confortável e, mesmo quando pobres, pode-se notar uma certa sofisticação em suas casas, se comparadas com as demais da comunidade de que fazem parte.
Enquanto os filhos de Oxum são diplomatas e sinuosos, os de Iemanjá se mostram mais diretos. São capazes de fazer chantagens emocionais, mas nunca diabólicas. A força e a determinação fazem parte de seus caracteres básicos, assim como o sentido da amizade e do companheirismo.
Como são pessoas presas ao arquétipo da mãe, a família e os filhos têm grande importância na vida dos filhos de Iemanjá. A relação com eles pode ser carinhosa, mas nunca esquecendo conceitos tradicionais como respeito e principalmente hierarquia.
São pessoas que não gostam de viver sozinhas, sentem falta da tribo, inconsciente ancestral, e costumam, por isso casar ou associar-se cedo. Não apreciam as viagens, detestam os hotéis, preferindo casas onde rapidamente possam repetir os mecanismos e os quase ritos que fazem do cotidiano.
Apesar do gosto pelo luxo, não são pessoas obcecadas pela própria carreira, sem grandes planos para atividades a longo prazo, a não ser quando se trata do futuro de filhos e entes próximos.
Todos esses dados nos apresentam uma figura um pouco rígida, refratária a mudanças, apreciadora do cotidiano. Ao mesmo tempo, indicam alguém doce, carinhoso, sentimentalmente envolvente e com grande capacidade de empatia com os problemas e sentimentos dos outros. Mas nem tudo são qualidades em Iemanjá, como em nenhum Orixá. Seu caráter pode levar o filho desse Orixá a ter uma tendência a tentar concertar a vida dos que o cercam - o destino de todos estariam sob sua responsabilidade . Os filhos de Iemanjá demoram muito para confiar em alguém, bons conhecedores que são da natureza humana. Quando finalmente passam a aceitar uma pessoa no seu verdadeiro e íntimo círculo de amigos, porém, deixam de ter restrições, aceitando-a completamente e defendendo-a, seja nos erros como nos acertos, tendo grande capacidade de perdoar as pequenas falhas humanas.
Um filho de Iemanjá pode tornar-se rancoroso, remoendo questões antigas por anos e anos sem esquecê-las jamais.
Nàná Burukù
Aspectos Gerais
Dia: sábado
Data: 26 de Junho
Metal: Latão
Cores: Branco e azul (preto ou roxo)
Comidas: Aberém, mugunzá, mostarda e taioba
Símbolos: Ibiri e bradjá
Elementos: Águas paradas e lamacentas
Região da África: Ex-Daomê
Pedra: Ametista
Folhas: Folha-da-costa, folha de mostarda, manacá, ojú oro, oxibatá, papoula roxa, guarana
Odu que Rege: Odilobá
Domínios: Vida e morte, saúde e maternidade
Saudação: Salubá!
Origem e História
Nanã, a deusa dos mistérios, é uma divindade de origem simultânea à criação do mundo, pois quando Odudua separou a água parada, que já existia, e liberou do “saco da criação” a terra, no ponto de contato desses dois elementos formou-se a lama dos pântanos, local onde se encontram os maiores fundamentos de Nana. Senhora de muitos búzios, Nana sintetiza em si morte, fecundidade e riqueza. Seu nome designa pessoas idosas e respeitáveis e, para os povos jeje, da região do antigo Daomê significa “mãe”. Nessa região, onde hoje se encontra a República do Benin, Nana é muitas vezes considerada a divindade suprema e talvez por essa razão seja freqüentemente descrita como um orixá masculino.
Em algumas regiões da África, Nana é conhecida como Inie e sua autoridade é ressaltada em um belo Oriki:
Para o alto não podemos subir,
Do alto escorregamos.
De volta pra casa,
Não falar (do que viu).
Vamos celebrar a festa do ano.
O proprietário da casa esta em casa,
O estranho pede caminho,
Se Inie me dá, eu tomo.
Se Inie recusa, eu não peço.
Sendo a mais antiga das divindades das águas, ela representa a memória ancestral de nosso povo: é a mãe antiga (Iyá Agbà) por excelência. É mãe dos orixás Iroko, Obaluaiê e Oxumaré, mas por ser a deusa mais velha do candomblé é respeitada como mãe por todos os outros orixás.
A vida está cercada de mistérios que ao longo da História atormentam o ser humano. Porém, quando ainda na Pré-História, o homem se viu diante do mistério da morte, em seu âmago irrompeu um sentimento ambíguo. Os mitos aliviavam essa dor e a razão apontava para aquilo que era certo em seu destino.
A morte faz surgir no homem os primeiros sentimentos religiosos, e nesse momento Nana se faz compreender, pois nos primórdios da História os mortos eram enterrados em posição fetal, remetendo a uma ideia de nascimento ou renascimento. O homem primitivo entendeu que a morte e a vida caminham juntas, entendeu os mistérios de Nana.
Nana é o princípio, o meio e o fim; o nascimento, a vida e a morte.
Ela é a origem e o poder. Entender Nana e entender o destino, a vida e a trajetória do homem sobre a terra, pois Nana é a História. Nana é água parada, água da vida e da morte.
Nana é o começo porque Nanã é o barro e o barro é a vida. Nana é a dona do axé por ser o orixá que dá a vida e a sobrevivência, a senhora dos ibás (que deveriam ser de barro) que permite o nascimento dos deuses (no barro dos ibás) e dos homens.
Nana pode ser a lembrança angustiante da morte na vida do ser humano, mas apenas para aqueles que encaram esse final como algo negativo, como um fardo extremamente pesado que todo ser carrega desde o seu nascimento. Na verdade, apenas as pessoas que têm o coração repleto de maldade e dedicam a vida a prejudicar o próximo preocupam-se com isso. Aqueles que praticam boas ações vivem preocupados com o seu próprio bem, com sua elevação espiritual, e desejam ao próximo o mesmo que pra si, só esperam da vida dias cada vez melhores e têm a morte como algo natural e inevitável. A sua certeza é a imortalidade de sua essência.
Nana, a mãe maior, é a luz que nos guia, nosso cotidiano. Conhecer a própria vida e o próprio destino é conhecer Nana, pois os fundamentos dos orixás e do Candomblé estão ligados à vida. A nossa vida é o nosso orixá.
Nana Buruku foi a primeira esposa de Oxalá, mas perdeu o seu grande amor para Iemanjá.
Muito sábia Nana era considerada por todos a guardiã da justiça. Era de fato juíza, as pessoas, especialmente as mulheres, costumavam queixar-se a ela, que fazia os julgamentos e aplicava os castigos. A coruja, animal que representa a sabedoria, pertence a Nana.
O que surpreendia nas sentenças de Nana é que ela só castigava os homens. Havia um jardim criado por ela especialmente para abrigar os eguns ---era o país da morte. Os maridos faltosos eram amarrados em uma das árvores. Nana convocava os eguns para assustá-los e, quando o pavor era insuportável, eles eram soltos.
Nana não vira na cabeça de homem, aliás, Nana abomina a figura masculina, pois o homem, através do esperma, líquido que é símbolo de Oxalá, semeia o óvulo e gera uma nova vida. Nana é a morte que reside no âmago da vida, que possibilita o renascimento. A vida e tudo que a representa ---o esperma (homem) e o sangue ---são considerados tabus para Nanã.
É na morte, condição para o renascimento e para a fecundidade, que se encontram os mistérios de Nana. Respeitada e temida, Nana, deusa das chuvas, da lama, da terra, juíza que castiga os homens faltosos, é a morte na essência da vida.
O PERFIL DO ORIXÁ
Esta é uma figura muito controvertida do panteão africano. Ora perigosa e vingativa, ora praticamente desprovida de seus maiores poderes, relegada a um segundo plano amargo e sofrido, principalmente ressentido, Nanã possui não dois lados, como tantos Orixás, mas sim um Orixá dentro do outro, um conceito que foi sendo gradativamente substituído por outro, dando margem a muita confusão e contestação no jeito de se defini-la.
Nanã, é um Orixá feminino de origem daomeana, que foi incorporado há séculos pela mitologia ioruba, quando o povo nagô conquistou o povo do Daomé (atual República do Benin) , assimilando sua cultura e incorporando alguns Orixás dos dominados à sua mitologia já estabelecida.
Resumindo esse processo cultural, Oxalá (mito ioruba ou nagô) continua sendo o pai e quase todos os Orixás. Iemanjá (mito igualmente ioruba) é a mãe de seus filhos (nagô) e Nanã (mito jeje) assume a figura de mãe dos filhos daomeanos, nunca se questionando a paternidade de Oxalá sobre estes também, paternidade essa que não é original da criação das primeiras lendas do Daomé, onde Oxalá obviamente não existia. Os mitos daomeanos eram mais antigos que os nagôs (vinham de uma cultura ancestral que se mostra anterior à descoberta do fogo). Tentou-se, então, acertar essa cronologia com a colocação de Nanã e o nascimento de seus filhos, como fatos anteriores ao encontro de Oxalá e Iemanjá.
Muitas pesquisas apontam ainda que os iorubas começaram a ter um conceito de Deus Supremo antes inexistente, e que esse conceito pode (fato não comprovado) ser conseqüência da influência dos maometanos do norte da África sobre a população negra mais próxima. Assim Nanã assume, como outros Orixás femininos, o conceito de maternidade como função principal.
É neste contexto, a primeira esposa de Oxalá, tendo com ele três filhos: Iroco (ou Tempo),Omolu (ou Obaluaê) e Oxumarê .
Pierre Verger aponta que Nanã, no culto daomeano, teria um posto hierárquico semelhante ao de Oxalá ou até mesmo do Deus Supremo Olorum . Neste contexto, era uma figura feminina mas às vezes também alguém acima das distinções macho e fêmea, pois constituía, num par completo, pai e mãe unificados de todas as coisas, fossem os seres humanos, fossem os Orixás.
Nanã faz o caminho inverso da mãe da água doce. É ela quem reconduz ao terreno do astral, as almas dos que Oxum colocou no mundo real. É a deusa do reino da morte, sua guardiã, quem possibilita o acesso a esse território do desconhecido.
A senhora do reino da morte é, como elemento , a terra fofa, que recebe os cadáveres, os acalenta e esquenta, numa repetição do ventre, da vida intra-uterina. É, por isso, cercada de muitos mistérios no culto e tratada pelos praticantes da Umbanda e do Candomblé, com menos familiaridade que os Orixás mais extrovertidos como Ogum e Xangô, por exemplo.
Muitos são portanto os mistérios que Nanã-terra esconde, pois nela entram os mortos e através dela são modificados para poderem nascer novamente. Só através da morte é que poderá acontecer para cada um a nova encarnação, para novo nascimento, a vivência de um novo destino – e a responsável por esse período é justamente Nanã. Ela é considerada pelas comunidades da Umbanda e do Candomblé, como uma figura austera, justiceira e absolutamente incapaz de uma brincadeira ou então de alguma forma de explosão emocional. Por isso está sempre presente como testemunha fidedigna das lendas. Jurar por Nanã, por parte de alguém do culto, implica um compromisso muito sério e inquebrantável, pois o Orixá exige de seus filhos-de-santo e de quem o invoca em geral a mesma e sempre relação austera que mantém com o mundo.
CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE NANÃ
Uma pessoa que tenha Nanã como Orixá de cabeça (mãe no Eledá), pode levar em conta principalmente a figura da avó: carinhosa às vezes até em excesso, levando o conceito de mãe ao exagero, mas também ranzinza, preocupada com detalhes, com forte tendência a sair censurando os outros. Não tem muito senso de humor, o que a faz valorizar demais pequenos incidentes e transformar pequenos problemas em grandes dramas. Ao mesmo tempo, tem uma grande capacidade de compreensão do ser humano, como se fosse muito mais velha do que sua própria existência. Por causa desse fator, o perdão aos que erram e o consolo para quem está sofrendo é uma habilidade natural. Nanã, através de seus filhos-de-santo, vive voltada para a comunidade, sempre tentando realizar as vontades e necessidades dos outros.
Às vezes porém, exige atenção e respeito que julga devido mas não obtido dos que a cercam. Não consegue entender como as pessoas cometem certos enganos triviais, como optam por certas saídas que para um filho de Nanã são evidentemente inadequadas. É o tipo de pessoa que não consegue compreender direito as opiniões alheias, nem aceitar que nem todos pensem da mesma forma que ela. Suas reações bem equilibradas e a pertinência das decisões, as mantém sempre no caminho da sabedoria e da justiça.
Todos esses dados indicam também serem os filhos de Nanã, um pouco mais conservadores que o restante da sociedade, desejarem a volta de situações do passado, modos de vida que já se foram. Querem um mundo previsível, estável ou até voltando para trás: são aqueles que reclamam das viagens espaciais, dos novos costumes, da nova moralidade, etc.
Quanto à dados físicos, são pessoas que envelhecem rapidamente, aparentando mais idade do que realmente têm.
Oxáguian
Aspectos Gerais
Dia: Sexta-feira
Data: 15 de janeiro
Metal: Todos os metais brancos.
Pedras: Cristal, quartzo, diamante, segi
Cor: Branco leitoso e prata
Comida: Inhame pilado
Símbolos: espada, mão-de-pilão, varas de atorí, ofá
Elementos: ar, atmosfera
Região da África: Ejigbó
Folhas: Levante e arruda
Odú que rege: Ejionilé
Domínio: lutas diárias (pelo sustento, trabalho), paz, alimentação
Saudação: Epa Bàbá
Origem e História
OXALÁ é o detentor do poder genitor masculino. Todas suas representações incluem o branco. E um elemento fundamental dos primórdios, massa de ar e massa de água, a protoforma e a formação de todo tipo de criaturas no AIYE e no ORUN. Ao incorporar-se, assume duas formas: OXAGUIÃ jovem guerreiro, e OXALUFÃ, velho apoiado num bastão de prata (APAXORÓ). OXALÁ é alheio a toda violência, disputas, brigas, gosta de ordem, da limpeza, da pureza. Sua cor é o branco e o seu dia é a sexta-feira. Seus filhos devem vestir branco neste dia. Pertencem a OXALÁ os metais e outras substâncias brancas.
Na África, todos os Orixás relacionados a criação são designados pelo nome genérico de Orixá Fun Fun. O mais importante entre todos eles chama-se Orixalá(Òrìsanlà), ou seja, o grande Orixá, que nas terras de Igbó e Ifé é cultuado cmo Obatalá, rei do pano branco. Eram cerca de 154 Orixás Fun Fun, mas no Brasil a quantidade se reduz significativamete, sendo que dois, Orixá Olùfón, rei de Ifón (Oxalufã), Orixá Ógìyán, o comedor de inhame e rei de Egigbó(Oxaguiã), tornaram-se suas expressões mais conhecidas.
A designação de Orixá Fun Fun se deve ao fato de a cor branca configurar-se como a cor da criação, guardando a essência de todas as demais. O brando representa todas as possibilidades, a base de qualquer criação. O nome Orisanlá foi contraído e deu orígem a palavra Oxalá, e com esse nome o grande Deus-pai passoua ser conhecido no Brasil. Todos os Orixás Fun Fun foram reunidos em Oxalá e divididos em várias qualidades de suas duas configurações principais: Òsálufón, Osagiyan, sendo este último, jovem e grerreiro, filho do primeiro mais velho e paciencioso.
Todas as histórias que relatam a criação do mundo passam necessariamente por Oxalá, que foi o primeiro Orixá concebido por Olodumaré e encarregado de criar não só o universo, como todos os seres, todas as coisas que existiríam no mundo.
A maior interdição de Oxalá é de fato o azeite-de-dendê, que jamais deve macular suas roupas, seus objetos sagrados, e muito menos o seu Alá. A ú nica coisa vermelha que Oxalá permite, é a pena de Ikodidè, prova de sua submissão ao poder genitor feminino.
Epó kété ó, Alà telè ó
Epó kété ó, Alà telè ó...
Evite o dendê, evite pisar no Alá
Evite o dendê, evite pisar no Alá.
O Alá representa a própria criação, está intimamente relacionado a concepção de cada ser; é a síntese do poder criador masculino. Sua função primeira já remete ao seu significado profundo. A ação de cobrir não evoca somente proteção, zelo, denota a atividade masculina no ato sexual.
No Xirê Oxalá é homenageado por último porque é o grande símbolo da síntese de todas as orígens. Ele representa a totalidade, o único Orixá que, como Exú, reside em todos os seres humanos. Todos são seus filhos, todos são irmãos, já que a humanidade vive sob o meso teto, o grande Alá que nos cobre e protege, o céu.
Òxálufã
Aspectos Gerais
Dia: Sexta-feira
Data: 15 de janeiro
Metal: Prata, ouro branco, chumbo e níquel.
Pedras: Cristal, diamante
Cor: Branco leitoso.
Comida: Ebô, acaçá, oibi ( caracol ) e inhame.
Simbolo: Opáxoró
Elementos: atmosfera e céu
Região da África: Ilé-Ifè, Igbó e Ifón
Folhas: Ewé Bàbá (boldo), lingua-de-vaca, folha-da-costa
Odú que rege: Ofun e Alàfía (com todos os Orixás Fun Fun
Domínios: poder procriador masculino, criação, vida e morte
Saudação: Epa Bàbá
Origem e História
OXALÁ é o detentor do poder genitor masculino. Todas suas representações incluem o branco. E um elemento fundamental dos primórdios, massa de ar e massa de água, a protomorfa e a formação de todo tipo de criaturas no AIYE e no ORUN. Ao incorporar-se, assume duas formas: OXAGUIÃ jovem guerreiro, e OXALUFÃ, velho apoiado num bastão de prata (PAiXORÓ). OXALÁ é alheio a toda violência, disputas, brigas, gosta de ordem, da limpeza, da pureza. Sua cor é o branco e o seu dia é a sexta-feira. Seus filhos devem vestir branco neste dia. Pertencem a OXALÁ os metais e outras substâncias brancas.
Na África, todos os Orixás relacionados a criação são designados pelo nome genérico de Orixá Fun Fun. O mais importante entre todos eles chama-se Orixalá(Òrìsanlà), ou seja, o grande Orixá, que nas terras de Igbó e Ifé é cultuado cmo Obatalá, rei do pano branco. Eram cerca de 154 Orixás Fun Fun, mas no Brasil a quantidade se reduz significativamente sendo que dois, Orixá Olùfón, rei de Ifón (Oxalufã), Orixá Ógìyán, o comedor de inhame e rei de Egigbó(Oxaguiã), tornaram-se suas expressões mais conhecidas.
A designação de Orixá Fun Fun se deve ao fato de a cor branca configurar-se como a cor da criação, guardando a essência de todas as demais. O brando representa todas as possibilidades, a base de qualquer criação. O nome Orisanlá foi contraído e deu orígem a palavra Oxalá, e com esse nome o grande Deus-pai passoua ser conhecido no Brasil. Todos os Orixás Fun Fun foram reunidos em Oxalá e divididos em várias qualidades de suas duas configurações principais: Òsálufón, Osagiyan, sendo este último, jovem e grerreiro, filho do primeiro mais velho e paciencioso.
Todas as histórias que relatam a criação do mundo passam necessariamente por Oxalá, que foi o primeiro Orixá concebido por Olodumaré e encarregado de criar não só o universo, como todos os seres, todas as coisas que existiríam no mundo.
A maior interdição de Oxalá é de fato o azeite-de-dendê, que jamais deve macular suas roupas, seus objetos sagrados, e muito menos o seu Alá. A ú nica coisa vermelha que Oxalá permite, é a pena de Ikodidè, prova de sua submissão ao poder genitor feminino.
Epó kété ó, Alà telè ó
Epó kété ó, Alà telè ó...
Evite o dendê, evite pisar no Alá
Evite o dendê, evite pisar no Alá.
O Alá representa a própria criação, está intimamente relacionado a concepção de cada ser; é a síntese do poder criador masculino. Sua função primeira já remete ao seu significado profundo. A ação de cobrir não evoca somente proteção, zelo, denota a atividade masculina no ato sexual.
No Xirê Oxalá é homenageado por último porque é o grande símbolo da síntese de todas as orígens. Ele representa a totalidade, o único Orixá que, como Exú, reside em todos os seres humanos. Todos são seus filhos, todos são irmãos, já que a humanidade vive sob o meso teto, o grande Alá que nos cobre e protege, o céu
O PERFIL DO ORIXÁ
Orixá masculino, de origem Ioruba (nagô) bastante cultuado no Brasil, onde costuma ser considerado a divindade mais importante do panteão africano. Na África é cultuado com o nome de Obatalá . Quando porém os negros vieram para cá, como mão-de-obra escrava na agricultura, trouxeram consigo, além do nome do Orixá, uma outra forma de a ele se referirem,Orixalá , que significa, orixá dos orixás. Numa versão contraída, o nome que se acabou popularizando, é OXALÁ.
Esta relação de importância advém de a organização de divindades africanas ser uma maneira simbólica de se codificar as regras do comportamento. Nos preceitos, estão todas as matrizes básicas da organização familiar e tribal, das atitudes possíveis, dos diversos caminhos para uma mesma questão. Para um mesmo problema, orixás diferentes propõem respostas diferentes - e raramente há um acordo social no sentido de estabelecer uma das saídas como correta e a outra não. A jurisprudência africana nesse sentido prefere conviver com os opostos, estabelecendo, no máximo, que, perante um impasse, Ogum faz isso, Iansã faz aquilo , por exemplo.
Assim, Oxalá não tem mais poderes que os outros nem é hierarquicamente superior, mas merece o respeito de todos por representar o patriarca, o chefe da família. Cada membro da família tem suas funções e o direito de se inter-relacionar de igual para igual com todos os outros membros, o que as lendas dos Orixás confirmam através da independência que cada um mantém em relação aos outros. Oxalá, porém, é o que traz consigo a memória de outros tempos, as soluções já encontradas no passado para casos semelhantes, merecendo, portanto, o respeito de todos numa sociedade que cultuava ativamente seus ancestrais. Ele representa o conhecimento empírico, neste caso colocado acima do conhecimento especializado que cada Orixá pode apresentar: Oçanhe, a liturgia; Oxóssi, a caça; Ogum, a metalurgia; Oxum, a maternidade; Iemanjá, a educação; Omolu, a medicina - e assim por diante.
Se por este lado, Oxalá merece mais destaque, o considerá-lo superior aos outros ( o que não está implícito como poder, mas sim merecimento de respeito ao título de Orixalá ) veio da colonização européia. Os jesuítas tentavam introduzir os negros nos cultos católicos, passo considerado decisivo para os mentores e ideólogos que tentavam adaptá-los à sociedade onde eram obrigados a viver, baseada em códigos a eles completamente estranhos. A repressão pura e simples era muito eficiente nestes casos, mas não bastava. Eram constantes as revoltas. Em alguns casos, perceberam que o sincretismo era a melhor saída, e tentaram convencer os negros que seus Orixás também tinham espaço na cultura branca, que as entidades eram praticamente as mesmas, apenas com outros nomes.
Alguns escravos neles acreditaram. Outros se aproveitaram da quase obrigatoriedade da prática dos cultos católicos, para, ao realizá-los, efetivarem verdadeiros cultos de Umbanda, apenas mascarados pela religião oficial do colonizador. Esclarecida esta questão, não negamos as funções únicas e importantíssimas de Oxalá perante a mitologia ioruba. É o princípio gerador em potencial, o responsável pela existência de todos os seres do céu e da terra. É o que permite a concepção no sentido masculino do termo. Sua cor é o branco, porque ela é a soma de todas as cores.
Por causa de Oxalá a cor branca esta associada ao candomblé e aos cultos afro-brasileiros em geral, e não importa qual o santo cultuado num terreiro, nem o Orixá de cabeça de cada filho de santo, é comum que se vistam de branco, prestando homenagem ao Pai de todos os Orixás e dos seres humanos. Se essa mesma, gostar e quiser usar roupas com as cores do seu ELEDÁ(primeiro Orixá de cabeça) e dos seus AJUNTÓS (adjutores auxiliares do Orixá de cabeça) não terá problema algum, apenas dependendo da orientação da cúpula espiritual dirigente do terreiro.
Segundo as lendas, Oxalá é o pai de todos os Orixás, excetuando-se Logunedé , que é filho de Oxóssi e Oxum, e Iemanjá que tem uma filiação controvertida, sendo mais citados Odudua eOlokum como seus pais, mas efetivamente Oxalá nunca foi apontado como seu pai.
AS CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OXALÁ
As características tão bem sintetizadas por Monique Augras ao descrever a dança de Oxalá (no ritual de nação) definem bem o arquétipo psicológico a ele associado. São caracteres encontrados nos arquétipos ocidentais também em relação à figura paterna.
Oxalá é o pai dos Orixás e, por extensão, de toda a humanidade. Estabelece, pois, entre si e os outros, uma aura não de temeridade (já que não é nada inseguro), mas sim de respeito e carinho. Os filhos de Oxalá, portanto, são pessoas tranqüilas, com tendência à calma, até nos momentos mais difíceis; conseguem o respeito mesmo sem que se esforcem objetivamente para obtê-lo. São amáveis e pensativos, mas nunca de maneira subserviente. Às vezes chegam a ser autoritários, mas isso acontece com os que têm Orixás guerreiros ou autoritários como adjutores ( ajuntós ).
Sabem argumentar bem, tendo uma queda para trabalhos que impliquem em organização. Gostam de centralizar tudo em torno de si mesmos. São reservados, mas raramente orgulhosos.
Seu defeito mais comum é a teimosia, principalmente quando têm certeza de suas convicções; será difícil convencê-los de que estão errados ou que existem outros caminhos para a resolução de um problema.
No Oxalá mais velho (OXALUFÃ) a tendência se traduz em ranzinzice e intolerância, enquanto no Oxalá novo (OXAGUIÃ) tem um certo furor pelo debate e pela argumentação.
Para Oxalá, a idéia e o verbo são sempre mais importantes que a ação, não sendo raro encontrá-los em carreiras onde a linguagem (escrita ou falada) seja o ponto fundamental.
Fisicamente, os filhos de Oxalá tendem a apresentar um porte majestoso ou no mínimo digno, principalmente na maneira de andar e não na constituição física; não é alto e magro como o filho de Ogum nem tão compacto e forte como os filhos de Xangô. Às vezes, porém, essa maneira de caminhar e se postar dá lugar a alguém com tendência a ficar curvado, como se o peso de toda uma longa vida caísse sobre seus ombros, mesmo em se tratando de alguém muito jovem.
As Folhas dos Orixáspaitandy contato celular operadora vivo (11) 998173814
Do mesmo modo como no oráculo de Ifá, os signos geomânticos (Odù)são organizados dentro de um sistema classificatório; no culto a Osanyin, os vegetais, também, estão inseridos nesse sistema.
A relação folha/orixá se evidencia com a existência de quatro compartimentos estruturados a partir de uma concepção de categorias lógicas e ordenadas segundo a visão de mundo dos jêje - nagôs. Sendo os Òrìsàs representações vivas das forças que regem a natureza, as folhas a eles atribuídas, no contexto litúrgico, associam-se, conseqüentemente, a esses elementos. Barros (1993:60), estudando essas classificações, verificou que: "Os vegetais estão dispostos em quatro compartimentos-base diretamente relacionados aos quatro elementos; as ewé af éé f é - folhas de ar ( vento); as ewé in ó n as ewé omi, - folha de água; e as Il é ou ewé igbó - folhas da terra ou floresta.
"Nestes quatro compartimentos-base, concentram-se o panteão jêje - nagô . Genericamente, vamos encontrar Exu e Xangô participando do compartimento Fogo; Ogun, Oxossi, Ossain e Obaluaye ligados ao elemento Terra; Iemanjá, Oxum, Obá, Nanã e Yewá associadas as Águas, e Oxalá e Oyá ao Ar. Todavia, ao particularizarmos veremos que alguns Òrìsàs como Logunede e Oxumare, considerados "Meta-Meta", estarão vinculados a mais de um desses compartimentos.
Exu está ligado com predominância ao elemento Fogo, porém, como "cada Òrìsà possui seu Exu, com o qual ele constitui uma unidade" ( Santos, 1976:131), este compartilhará do mesmo elemento ao qual o Òrìsà está associado. Assim, os Exus das Iabás estarão ligados também , ao elemento Água, os de Ogun e Oxossi ao compartimento Terra, e assim ocorrendo com os demais Exus.
Ogun atua predominantemente com no compartimento Terra. Todavia, na qualidade Warin, encontramos um Ogun que habita nas águas , pois segundos os mitos ele vive no Rio com Oxum; conseqüentemente, estará, também, ligado ao compartimento Água. Já Ogun Àgbèdè Òrun, ( Ferreiro do céu), se liga, também, ao elemento Ar, juntamente com Oxalá.
Oxossi é ligado à Terra; mas, nas suas variáveis, encontramos Inlè, modalidade deste Òrìsà que, como Logunede, está associado tanto ao compartimento Água quanto ao Terra; entretanto, para maioria das outras qualidades de Oxossi predominam o elemento Terra.
Obaluaye, sendo um Òrìsà da Terra ( Oba = Rei, Aye = Terra ), mas que se relaciona com a febre e o sol do meio-dia, está ligado, igualmente, os compartimentos Terra e Fogo. Em algumas ocasiões ele recebe o título de : "Baba Igbonan = Pai da quentura" ( Santos 1976:78). Título que é dado também a uma qualidade de Xangô Airá, considerado dono do fogo e cultuado numa fogueira.
Ossaim, por ser patrono dos vegetais, automaticamente, está ligado a todos os elementos da natureza; todavia, seu compartimento principal é o Terra, representado pelas florestas onde nasceu todos os vegetais.
Oxumare é representado pelo arco-íris que se projeta nas águas em direção ao céu. Liga-se, simultaneamente, aos compartimentos água e ar. Pode ser irmão de Obaluaye, algumas vezes se relaciona, também , com o elemento Terra.
Nana, a iaba que é representada pela chuva fertilizando a terra (lama), tem como compartimento base a Água, mas, também, a Terra.
Oiá, em um de seus diversos aspectos, é cultuada no rio Níger, na África, o que realça suas características de "deusa da fertilidade" ligada ao compartimento Água, bem como á responsável pelos coriscos, tempestades e ventanias, fato que a associa tanto ao elemento Ar quanto ao elemento Fogo. Sob a denominação de "Oya Igbale, Orisá patrono dos mortos e dos ancestrais"(Santos 1976:58), participa, também do elemento Terra.
Xango está associado, predominantemente, ao elemento Fogo, enquanto que Iroko, entidade fitomórfica cultuada em uma árvore, embora possua muita afinidade com o primeiro, está ligado ao elemento Terra.
Oxum, Iemanjá e Oba são iabas ligadas, especificamente, ao elemento Água; porém, alguns de seus aspectos poderão ligá-las aos demais compartimentos base.
Oxalá esta ligado, com predominância, ao compartimento Ar. Todavia, Santos (1976:59) diz que "Oxalá está associado à Água e ao Ár, Odudua está associado à Água e a Terra". Assim como Odudua, Orixá Okó também é um Orixá funfun (original) e, segundo os mitos, é considerado o patrono da agricultura, possuindo estreita ligação com a Terra.
Nesta visão do mundo Jeje-nago, direito/masculino/positivo são opostos a esquerdo/feminino/negativo, ou seja, o masculino é positivo e se posiciona do lado direito, enquanto o feminino é negativo e se posiciona do lado esquerdo. Neste contexto os compartimentos que contêm as ewé inón (folhas do fogo) e ewé afééfé (folhas do ar) estão associadas ao masculino, elementos fecundantes, enquanto que as ewé omi (folhas da água) e as ewé ilè (folhas da terra) se ligam ao feminino, elementos fecundáveis.
Ao determinar que as folhas são separadas por pares opostos: gún (de excitação) x èrò (de calma), ewé apa otun (folhas da direita) x ewé apa osi (folhas da esquerda), os Jeje-nago tomam como modelo um sistema da classificação baseada em posições binárias. Todavia, essa não é uma condição sine qua non quando analisamos mais detalhadamente a utilização dos vegetais, pois percebemos que algumas folhas positivas se relacionam com o lado esquerdo ou feminino e vice-versa, daí encontrarmos folhas femininas usadas com fins positivos, e folhas masculinas consideradas negativas. Verger (1995:25) cita, por exemplo, "que entre as folhas há quatro conhecidas como (...) as quatro folhas masculinas ( por seu trabalho maléfico) ...; e quatro tidas como antídotos..."Entre estas últimas ele inclui o òdúndún (Kalanchoe crenata), que é uma folha feminina, porém positiva, o que nos faz crer que as diversas condições binárias não interagem de modo rígido entre si, pois, como vimos, uma folha masculina pode estar situada junto aos elementos da esquerda por ser considerada negativa.
No sistema de classificação dos vegetais, a condição para que uma folha seja masculina ou feminina é o seu formato, pois, na concepção Jeje-nago, a forma fálica (alongada) caracteriza o elemento masculino, em contrapartida, a forma uterina (arredondada) determina o elemento feminino. Essa convenção é adotada, tanto com relação as folhas, quanto aos jogos divinatórios que tiveram origem a partir do oráculo de Ifá, onde, dos dezesseis cauris usados, oito são de forma alongada e considerados masculinos, e os femininos são os oito restantes que possuem forma arredondada. "Por conseguinte, Macho/Fêmea formam um par de oposição básico no que se refere às espécies vegetais, e está diretamente relacionado ao Òrìsà" (Barros 1993:63). As folhas consideradas masculinas estão associadas aos oborós ( orixás masculinos), bem como as femininas pertencem às Iabas (orixás femininos); todavia, eventualmente encontraremos algumas folhas femininas associadas aos oborós e algumas masculinas atribuídas às iabas, o que parece refletir uma bipolaridade característica de alguns orixás.
Quando utilizamos nos rituais de iniciação ou nos trabalhos litúrgicos, os vegetais classificados como èrò tem a função de abrandar o transe, apaziguar o orixá ou acalmar o iniciado; contrariamente, os considerados gún servem para facilitar a possessão e excitar o orixá.
Dentro de sua complexidade, o sistema de classificação dos vegetais é coerente com a visão de ordenação do mundo; desse modo, os vegetais vão além de suas utilidades práticas, pois "estão diretamente relacionados a uma cosmovisão específica e são constituintes de um modelo que ordena a classifica o universo, definindo a posição do indivíduo na ordem cosmológica"
Metal: Prata e Prateados.
Pedra: Água marinha.
Cor: Branco, criatal, azul e rosa
Comida: Ebô de milho branco e camarão seco, manjar branco com leite de coco e açúcar, acaçá, peixe de água salgada, bolo de arroz e mamão.
Símbolo: Abebé prateado.
Elementos: águas doces que correm para o mar, águas do mar
Região da África: Egbà e Abeokunta
Pedras: cristal e água marinha
Folhas: pata-de-vaca, umbaúba, mentrasto
Odú que rege: Yorosun
Domínios: maternidade (educação), saúde mental e psicológica
Saudação: Erù-Iyá, Odó-Iyá
Orígem e História
No Brasil, é muito venerada, e seu culto tornou-se quase independente do CANDOMBLÉ. É representada como uma sereia de longos cabelos pretos. Rege a maternidade, é mãe dos peixes que representam fecundidade. Seu dia é sábado. Nas grandes "obrigações", são oferecidos cabra branca, pata ou galinha branca. Gosta muito de flores e é costume oferecer-lhe de quatro a sete rosas brancas abertas, que são jogadas ao mar para agradecimento. Sua cor é o branco com azul. Usa um ADÉ com franjas de miçangas que esconde o rosto. Leva na mão o BÉBÊ -- leque ritual de metal prateado de forma circular, com uma sereia recortada no centro.
YEMANJÁ, por presidir a formação da individualidade, que como sabemos está na cabeça, está presente em todos os rituais, especialmente o BORI.
È a rainha de todas as águas do mundo, seja dos rios, seja as do mar. Seu nome deriva da expressão YéYé Omó Ejá, que significa, mãe cujo filhos são peixes. Na África era cultuada pelos egbá, nação Iorubá da região de Ifé e Ibadan onde se encontra o rio Yemojá. Esse povo se tranferiu para a região de Abeokutá, levando consigo os objetos sagrados da deusa, e foram depositados no rio Ogum, o qual, diga-se de passagem, não tem nada a ver com o Orixá Ogum, apesar de no Brasil Yemojá ser cultuada nas águas salgadas, sua orígem é de um rio que corre para o mar. Inclusive, todas as suas saudações, orikís e cantigas remetem a essa orígem, Odó Iyà por exemplo, significa mãe do rio, já a saudação Erù Iyà faz alusão às espumas formadas do encontro das águas do rio com as águas do mar, sendo esse um dos locais de culto a Yemonjá.
Yemonjá é a mãe de todos os filhos, mãe de todo mundo; É ela quem sustenta a humanidade e, por isso, os órgão que a relacionam à maternidde, ou seja, sua vulva e seus seios chorosos, são sagrados.
Yemonjá que se estende na amplidão,
Aiyabá que vive na água funda,
Faz amata virar estrda,
Bebe cachaça na cabaça,
Permanece plena em presença do rei.
Yemonjá se vira quando vem a ventania,
Gira e rodopia em volta da vila.
Yemonjá descontente destrói pontes.
Come na casa, come no rio...
Mar, dono do mundo,
Que sra qualquer pessoa.
Velha dona do mar.
Fêmea flauta, acorda em acordes na casa do rei,
Descansa qualquer um em qualquer terra.
Cá na terra, cala-à flor-d'água, fala...
Yemanjá é o espelho do mundo, que reflete todas as diferenças, pois a mãe é sempre um espelho para o filho, um exemplo de conduta. Ela é a mãe que orienta, que mostra os caminhos, que educa, e sabe, sobre tudo, explorar as potencialidades que estão dentro de cada um, como fez com os guerreiros de Olofin, mostrando o quanto eram bons em seus ofícios, mas dizendo, ao mesmo tempo, que a guerra maior é a que travamos contra nós mesmos.
Iemanjá foi violentada por seu próprio filho, Orugan; Dessa relação incestuosa nasceram diversos Orixás e deus seios rasgados jorraram todos os rios do mundo. Iemanjá acabou se desmanchando em suas próprias lágrimas e transformando se num rio que correu em direção ao oceano. Por tanto não é por acaso que as lágrimas e o mar tem o mesmo sabor.
Dissimulada, e ardilosa Iemanjá faz uso da chantagem afetiva para manter os filhos sempre perto de si. É considerada a mãe da maioria dos Orixás de Origem Iorubá. É o tipo de mãe que quer os filhos sempre por perto, que tem uma palavra de carinho, um conselho, um alívio psicológico. Quando os perde é capaz de desequilibrar-se completamente.
Iemanjá é a mãe que não faz distinção dos seus filhos, sejam como forem, tenham ou não saído de seu ventre. Quando humildemente criou, com todo amor e carinho, aquele menino cheio de chagas, fez irromper um grande guerreiro. Iemanjá criou Omolu, o filho de senhor, o rei da terra, o próprio SOL.
O PERFIL DO ORIXÁ
Comparada com as outras divindades do panteão africano, o Orixá feminino ioruba Iemanjá é uma figura extremamente simples. Ela é uma das figuras mais conhecidas nos cultos brasileiros, com o nome sempre bem divulgado pela imprensa, pois suas festas anuais sempre movimentam um grande número de iniciados e simpatizantes, tanto da Umbanda como do Candomblé.
Pelo sincretismo, porém, muita água rolou. Os jesuítas portugueses, tentando forçar a aculturação dos africanos e a aceitação, por parte deles, dos rituais e mitos católicos, procuraram fazer casamentos entre santos cristãos e Orixás africanos, buscando pontos em comum nos mitos.
Para Iemanjá foi reservado o lugar de Nossa Senhora, sendo, então, artificialmente mais importante que as outras divindades femininas, o que foi assimilado em arte por muitos ramos da Umbanda.
Mesmo assim,não se nega o fato de sua popularidade ser imensa, não só por tudo isso, mas pelo caráter, de tolerância, aceitação e carinho.É uma das rainhas das águas, sendo as duas salgadas: as águas provocadas pelo choro da mãe que sofre pela vida de seus filhos, que os vê se afastarem de seu abrigo, tomando rumos independentes; e o mar, sua morada, local onde costuma receber os presentes e oferendas dos devotos.
São extremamente concorridas suas festas. É tradicional no Rio de Janeiro, em Santos (litoral de São Paulo) e nas praias de Porto Alegre a oferta ao mar de presentes a este Orixá, atirados à morada da deusa, tanto na data específica de suas festas, como na passagem do ano. São comuns no reveillon as tendas de Umbanda na praia, onde acontecem rituais e iniciados incorporam caboclos e pretos-velhos, atendendo a qualquer pessoa que se interesse.
Na África, a origem de Iemanjá também é um rio que vai desembocar no mar. De tanto chorar com o rompimento com seu filho Oxóssi, que a abandonou e foi viver escondido na mata junto com o irmão renegado Oçãnhim (Oçanhe). Iemanjá se derreteu, transformando-se num rio que foi desembocar no mar. É a mãe de quase todos os Orixás de origem ioruba ( com exceção de Logunnedê ), enquanto a maternidade dos Orixás Daomeanos é atribuída a Nanã.
É portanto semelhante às outras mães da água, o que é compreensível, já que as diferentes tribos e nações acabaram por desenvolver o culto a um Orixá feminino específico, que relacionavam com um rio da região. No caso de Iemanjá, as lendas africanas já a identificavam com o mar, como podemos perceber pela narrativa recolhida por Pierre Verger:
Iemanjá seria a filha de Olokum, deus ( no Daomé, atual Benin ) ou deusa ( em Ifé ) do mar. Em uma história de Ifé ela aparece casada pela primeira vez com Orunmilá , senhor das adivinhações, depois com Olofin , rei do Ifé, com o qual teve supostamente dez (10) filhos. Iemanjá, cansada de sua permanência em Ifé, foge mais tarde em direção ao oeste. Outrora, Olokum lhe havia dado, por medida de precaução, uma garrafa contendo um preparado (...) com a recomendação de quebrá-la no chão em caso de extremo perigo. E assim Iemanjá foi instalar-se no Entardecer da Terra, o Oeste .
A lenda diz que Olofin, rei de Ifé, lançou o exercito à sua procura, o que fez Iemanjá, no esconderijo, quebrar a garrafa. Teria, então, na mesma hora, se formado um rio que a tragou, levando-a para Okum, o oceano - morada de seu pai Olokum.
Apesar dos preceitos tradicionais relacionarem tanto Oxum como Iemanjá à função da maternidade, pôde estabelecer-se uma boa distinção entre esse conceitos. As duas Orixás não rivalizam ( Iemanjá praticamente na rivaliza com ninguém, enquanto Oxum é famosa por suas pendências amorosas que a colocaram contra Iansã e Oba ). Cada uma domina a maternidade num momento diferente.
CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE IEMANJÁ
No arquétipo psicológico, expandem-se as características insinuadas pela descrição dos mitos e lendas de Iemanjá. Também fica fácil entender os conceitos principais se mantivermos a comparação com o Orixá Oxum. Como os filhos da mãe da água doce, os de Iemanjá, também gostam de luxo, das jóias caras e dos tecidos vistosos. Gostam de viver num ambiente confortável e, mesmo quando pobres, pode-se notar uma certa sofisticação em suas casas, se comparadas com as demais da comunidade de que fazem parte.
Enquanto os filhos de Oxum são diplomatas e sinuosos, os de Iemanjá se mostram mais diretos. São capazes de fazer chantagens emocionais, mas nunca diabólicas. A força e a determinação fazem parte de seus caracteres básicos, assim como o sentido da amizade e do companheirismo.
Como são pessoas presas ao arquétipo da mãe, a família e os filhos têm grande importância na vida dos filhos de Iemanjá. A relação com eles pode ser carinhosa, mas nunca esquecendo conceitos tradicionais como respeito e principalmente hierarquia.
São pessoas que não gostam de viver sozinhas, sentem falta da tribo, inconsciente ancestral, e costumam, por isso casar ou associar-se cedo. Não apreciam as viagens, detestam os hotéis, preferindo casas onde rapidamente possam repetir os mecanismos e os quase ritos que fazem do cotidiano.
Apesar do gosto pelo luxo, não são pessoas obcecadas pela própria carreira, sem grandes planos para atividades a longo prazo, a não ser quando se trata do futuro de filhos e entes próximos.
Todos esses dados nos apresentam uma figura um pouco rígida, refratária a mudanças, apreciadora do cotidiano. Ao mesmo tempo, indicam alguém doce, carinhoso, sentimentalmente envolvente e com grande capacidade de empatia com os problemas e sentimentos dos outros. Mas nem tudo são qualidades em Iemanjá, como em nenhum Orixá. Seu caráter pode levar o filho desse Orixá a ter uma tendência a tentar concertar a vida dos que o cercam - o destino de todos estariam sob sua responsabilidade . Os filhos de Iemanjá demoram muito para confiar em alguém, bons conhecedores que são da natureza humana. Quando finalmente passam a aceitar uma pessoa no seu verdadeiro e íntimo círculo de amigos, porém, deixam de ter restrições, aceitando-a completamente e defendendo-a, seja nos erros como nos acertos, tendo grande capacidade de perdoar as pequenas falhas humanas.
Um filho de Iemanjá pode tornar-se rancoroso, remoendo questões antigas por anos e anos sem esquecê-las jamais.
Nàná Burukù
Aspectos Gerais
Dia: sábado
Data: 26 de Junho
Metal: Latão
Cores: Branco e azul (preto ou roxo)
Comidas: Aberém, mugunzá, mostarda e taioba
Símbolos: Ibiri e bradjá
Elementos: Águas paradas e lamacentas
Região da África: Ex-Daomê
Pedra: Ametista
Folhas: Folha-da-costa, folha de mostarda, manacá, ojú oro, oxibatá, papoula roxa, guarana
Odu que Rege: Odilobá
Domínios: Vida e morte, saúde e maternidade
Saudação: Salubá!
Origem e História
Nanã, a deusa dos mistérios, é uma divindade de origem simultânea à criação do mundo, pois quando Odudua separou a água parada, que já existia, e liberou do “saco da criação” a terra, no ponto de contato desses dois elementos formou-se a lama dos pântanos, local onde se encontram os maiores fundamentos de Nana. Senhora de muitos búzios, Nana sintetiza em si morte, fecundidade e riqueza. Seu nome designa pessoas idosas e respeitáveis e, para os povos jeje, da região do antigo Daomê significa “mãe”. Nessa região, onde hoje se encontra a República do Benin, Nana é muitas vezes considerada a divindade suprema e talvez por essa razão seja freqüentemente descrita como um orixá masculino.
Em algumas regiões da África, Nana é conhecida como Inie e sua autoridade é ressaltada em um belo Oriki:
Para o alto não podemos subir,
Do alto escorregamos.
De volta pra casa,
Não falar (do que viu).
Vamos celebrar a festa do ano.
O proprietário da casa esta em casa,
O estranho pede caminho,
Se Inie me dá, eu tomo.
Se Inie recusa, eu não peço.
Sendo a mais antiga das divindades das águas, ela representa a memória ancestral de nosso povo: é a mãe antiga (Iyá Agbà) por excelência. É mãe dos orixás Iroko, Obaluaiê e Oxumaré, mas por ser a deusa mais velha do candomblé é respeitada como mãe por todos os outros orixás.
A vida está cercada de mistérios que ao longo da História atormentam o ser humano. Porém, quando ainda na Pré-História, o homem se viu diante do mistério da morte, em seu âmago irrompeu um sentimento ambíguo. Os mitos aliviavam essa dor e a razão apontava para aquilo que era certo em seu destino.
A morte faz surgir no homem os primeiros sentimentos religiosos, e nesse momento Nana se faz compreender, pois nos primórdios da História os mortos eram enterrados em posição fetal, remetendo a uma ideia de nascimento ou renascimento. O homem primitivo entendeu que a morte e a vida caminham juntas, entendeu os mistérios de Nana.
Nana é o princípio, o meio e o fim; o nascimento, a vida e a morte.
Ela é a origem e o poder. Entender Nana e entender o destino, a vida e a trajetória do homem sobre a terra, pois Nana é a História. Nana é água parada, água da vida e da morte.
Nana é o começo porque Nanã é o barro e o barro é a vida. Nana é a dona do axé por ser o orixá que dá a vida e a sobrevivência, a senhora dos ibás (que deveriam ser de barro) que permite o nascimento dos deuses (no barro dos ibás) e dos homens.
Nana pode ser a lembrança angustiante da morte na vida do ser humano, mas apenas para aqueles que encaram esse final como algo negativo, como um fardo extremamente pesado que todo ser carrega desde o seu nascimento. Na verdade, apenas as pessoas que têm o coração repleto de maldade e dedicam a vida a prejudicar o próximo preocupam-se com isso. Aqueles que praticam boas ações vivem preocupados com o seu próprio bem, com sua elevação espiritual, e desejam ao próximo o mesmo que pra si, só esperam da vida dias cada vez melhores e têm a morte como algo natural e inevitável. A sua certeza é a imortalidade de sua essência.
Nana, a mãe maior, é a luz que nos guia, nosso cotidiano. Conhecer a própria vida e o próprio destino é conhecer Nana, pois os fundamentos dos orixás e do Candomblé estão ligados à vida. A nossa vida é o nosso orixá.
Nana Buruku foi a primeira esposa de Oxalá, mas perdeu o seu grande amor para Iemanjá.
Muito sábia Nana era considerada por todos a guardiã da justiça. Era de fato juíza, as pessoas, especialmente as mulheres, costumavam queixar-se a ela, que fazia os julgamentos e aplicava os castigos. A coruja, animal que representa a sabedoria, pertence a Nana.
O que surpreendia nas sentenças de Nana é que ela só castigava os homens. Havia um jardim criado por ela especialmente para abrigar os eguns ---era o país da morte. Os maridos faltosos eram amarrados em uma das árvores. Nana convocava os eguns para assustá-los e, quando o pavor era insuportável, eles eram soltos.
Nana não vira na cabeça de homem, aliás, Nana abomina a figura masculina, pois o homem, através do esperma, líquido que é símbolo de Oxalá, semeia o óvulo e gera uma nova vida. Nana é a morte que reside no âmago da vida, que possibilita o renascimento. A vida e tudo que a representa ---o esperma (homem) e o sangue ---são considerados tabus para Nanã.
É na morte, condição para o renascimento e para a fecundidade, que se encontram os mistérios de Nana. Respeitada e temida, Nana, deusa das chuvas, da lama, da terra, juíza que castiga os homens faltosos, é a morte na essência da vida.
O PERFIL DO ORIXÁ
Esta é uma figura muito controvertida do panteão africano. Ora perigosa e vingativa, ora praticamente desprovida de seus maiores poderes, relegada a um segundo plano amargo e sofrido, principalmente ressentido, Nanã possui não dois lados, como tantos Orixás, mas sim um Orixá dentro do outro, um conceito que foi sendo gradativamente substituído por outro, dando margem a muita confusão e contestação no jeito de se defini-la.
Nanã, é um Orixá feminino de origem daomeana, que foi incorporado há séculos pela mitologia ioruba, quando o povo nagô conquistou o povo do Daomé (atual República do Benin) , assimilando sua cultura e incorporando alguns Orixás dos dominados à sua mitologia já estabelecida.
Resumindo esse processo cultural, Oxalá (mito ioruba ou nagô) continua sendo o pai e quase todos os Orixás. Iemanjá (mito igualmente ioruba) é a mãe de seus filhos (nagô) e Nanã (mito jeje) assume a figura de mãe dos filhos daomeanos, nunca se questionando a paternidade de Oxalá sobre estes também, paternidade essa que não é original da criação das primeiras lendas do Daomé, onde Oxalá obviamente não existia. Os mitos daomeanos eram mais antigos que os nagôs (vinham de uma cultura ancestral que se mostra anterior à descoberta do fogo). Tentou-se, então, acertar essa cronologia com a colocação de Nanã e o nascimento de seus filhos, como fatos anteriores ao encontro de Oxalá e Iemanjá.
Muitas pesquisas apontam ainda que os iorubas começaram a ter um conceito de Deus Supremo antes inexistente, e que esse conceito pode (fato não comprovado) ser conseqüência da influência dos maometanos do norte da África sobre a população negra mais próxima. Assim Nanã assume, como outros Orixás femininos, o conceito de maternidade como função principal.
É neste contexto, a primeira esposa de Oxalá, tendo com ele três filhos: Iroco (ou Tempo),Omolu (ou Obaluaê) e Oxumarê .
Pierre Verger aponta que Nanã, no culto daomeano, teria um posto hierárquico semelhante ao de Oxalá ou até mesmo do Deus Supremo Olorum . Neste contexto, era uma figura feminina mas às vezes também alguém acima das distinções macho e fêmea, pois constituía, num par completo, pai e mãe unificados de todas as coisas, fossem os seres humanos, fossem os Orixás.
Nanã faz o caminho inverso da mãe da água doce. É ela quem reconduz ao terreno do astral, as almas dos que Oxum colocou no mundo real. É a deusa do reino da morte, sua guardiã, quem possibilita o acesso a esse território do desconhecido.
A senhora do reino da morte é, como elemento , a terra fofa, que recebe os cadáveres, os acalenta e esquenta, numa repetição do ventre, da vida intra-uterina. É, por isso, cercada de muitos mistérios no culto e tratada pelos praticantes da Umbanda e do Candomblé, com menos familiaridade que os Orixás mais extrovertidos como Ogum e Xangô, por exemplo.
Muitos são portanto os mistérios que Nanã-terra esconde, pois nela entram os mortos e através dela são modificados para poderem nascer novamente. Só através da morte é que poderá acontecer para cada um a nova encarnação, para novo nascimento, a vivência de um novo destino – e a responsável por esse período é justamente Nanã. Ela é considerada pelas comunidades da Umbanda e do Candomblé, como uma figura austera, justiceira e absolutamente incapaz de uma brincadeira ou então de alguma forma de explosão emocional. Por isso está sempre presente como testemunha fidedigna das lendas. Jurar por Nanã, por parte de alguém do culto, implica um compromisso muito sério e inquebrantável, pois o Orixá exige de seus filhos-de-santo e de quem o invoca em geral a mesma e sempre relação austera que mantém com o mundo.
CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE NANÃ
Uma pessoa que tenha Nanã como Orixá de cabeça (mãe no Eledá), pode levar em conta principalmente a figura da avó: carinhosa às vezes até em excesso, levando o conceito de mãe ao exagero, mas também ranzinza, preocupada com detalhes, com forte tendência a sair censurando os outros. Não tem muito senso de humor, o que a faz valorizar demais pequenos incidentes e transformar pequenos problemas em grandes dramas. Ao mesmo tempo, tem uma grande capacidade de compreensão do ser humano, como se fosse muito mais velha do que sua própria existência. Por causa desse fator, o perdão aos que erram e o consolo para quem está sofrendo é uma habilidade natural. Nanã, através de seus filhos-de-santo, vive voltada para a comunidade, sempre tentando realizar as vontades e necessidades dos outros.
Às vezes porém, exige atenção e respeito que julga devido mas não obtido dos que a cercam. Não consegue entender como as pessoas cometem certos enganos triviais, como optam por certas saídas que para um filho de Nanã são evidentemente inadequadas. É o tipo de pessoa que não consegue compreender direito as opiniões alheias, nem aceitar que nem todos pensem da mesma forma que ela. Suas reações bem equilibradas e a pertinência das decisões, as mantém sempre no caminho da sabedoria e da justiça.
Todos esses dados indicam também serem os filhos de Nanã, um pouco mais conservadores que o restante da sociedade, desejarem a volta de situações do passado, modos de vida que já se foram. Querem um mundo previsível, estável ou até voltando para trás: são aqueles que reclamam das viagens espaciais, dos novos costumes, da nova moralidade, etc.
Quanto à dados físicos, são pessoas que envelhecem rapidamente, aparentando mais idade do que realmente têm.
Oxáguian
Aspectos Gerais
Dia: Sexta-feira
Data: 15 de janeiro
Metal: Todos os metais brancos.
Pedras: Cristal, quartzo, diamante, segi
Cor: Branco leitoso e prata
Comida: Inhame pilado
Símbolos: espada, mão-de-pilão, varas de atorí, ofá
Elementos: ar, atmosfera
Região da África: Ejigbó
Folhas: Levante e arruda
Odú que rege: Ejionilé
Domínio: lutas diárias (pelo sustento, trabalho), paz, alimentação
Saudação: Epa Bàbá
Origem e História
OXALÁ é o detentor do poder genitor masculino. Todas suas representações incluem o branco. E um elemento fundamental dos primórdios, massa de ar e massa de água, a protoforma e a formação de todo tipo de criaturas no AIYE e no ORUN. Ao incorporar-se, assume duas formas: OXAGUIÃ jovem guerreiro, e OXALUFÃ, velho apoiado num bastão de prata (APAXORÓ). OXALÁ é alheio a toda violência, disputas, brigas, gosta de ordem, da limpeza, da pureza. Sua cor é o branco e o seu dia é a sexta-feira. Seus filhos devem vestir branco neste dia. Pertencem a OXALÁ os metais e outras substâncias brancas.
Na África, todos os Orixás relacionados a criação são designados pelo nome genérico de Orixá Fun Fun. O mais importante entre todos eles chama-se Orixalá(Òrìsanlà), ou seja, o grande Orixá, que nas terras de Igbó e Ifé é cultuado cmo Obatalá, rei do pano branco. Eram cerca de 154 Orixás Fun Fun, mas no Brasil a quantidade se reduz significativamete, sendo que dois, Orixá Olùfón, rei de Ifón (Oxalufã), Orixá Ógìyán, o comedor de inhame e rei de Egigbó(Oxaguiã), tornaram-se suas expressões mais conhecidas.
A designação de Orixá Fun Fun se deve ao fato de a cor branca configurar-se como a cor da criação, guardando a essência de todas as demais. O brando representa todas as possibilidades, a base de qualquer criação. O nome Orisanlá foi contraído e deu orígem a palavra Oxalá, e com esse nome o grande Deus-pai passoua ser conhecido no Brasil. Todos os Orixás Fun Fun foram reunidos em Oxalá e divididos em várias qualidades de suas duas configurações principais: Òsálufón, Osagiyan, sendo este último, jovem e grerreiro, filho do primeiro mais velho e paciencioso.
Todas as histórias que relatam a criação do mundo passam necessariamente por Oxalá, que foi o primeiro Orixá concebido por Olodumaré e encarregado de criar não só o universo, como todos os seres, todas as coisas que existiríam no mundo.
A maior interdição de Oxalá é de fato o azeite-de-dendê, que jamais deve macular suas roupas, seus objetos sagrados, e muito menos o seu Alá. A ú nica coisa vermelha que Oxalá permite, é a pena de Ikodidè, prova de sua submissão ao poder genitor feminino.
Epó kété ó, Alà telè ó
Epó kété ó, Alà telè ó...
Evite o dendê, evite pisar no Alá
Evite o dendê, evite pisar no Alá.
O Alá representa a própria criação, está intimamente relacionado a concepção de cada ser; é a síntese do poder criador masculino. Sua função primeira já remete ao seu significado profundo. A ação de cobrir não evoca somente proteção, zelo, denota a atividade masculina no ato sexual.
No Xirê Oxalá é homenageado por último porque é o grande símbolo da síntese de todas as orígens. Ele representa a totalidade, o único Orixá que, como Exú, reside em todos os seres humanos. Todos são seus filhos, todos são irmãos, já que a humanidade vive sob o meso teto, o grande Alá que nos cobre e protege, o céu.
Òxálufã
Aspectos Gerais
Dia: Sexta-feira
Data: 15 de janeiro
Metal: Prata, ouro branco, chumbo e níquel.
Pedras: Cristal, diamante
Cor: Branco leitoso.
Comida: Ebô, acaçá, oibi ( caracol ) e inhame.
Simbolo: Opáxoró
Elementos: atmosfera e céu
Região da África: Ilé-Ifè, Igbó e Ifón
Folhas: Ewé Bàbá (boldo), lingua-de-vaca, folha-da-costa
Odú que rege: Ofun e Alàfía (com todos os Orixás Fun Fun
Domínios: poder procriador masculino, criação, vida e morte
Saudação: Epa Bàbá
Origem e História
OXALÁ é o detentor do poder genitor masculino. Todas suas representações incluem o branco. E um elemento fundamental dos primórdios, massa de ar e massa de água, a protomorfa e a formação de todo tipo de criaturas no AIYE e no ORUN. Ao incorporar-se, assume duas formas: OXAGUIÃ jovem guerreiro, e OXALUFÃ, velho apoiado num bastão de prata (PAiXORÓ). OXALÁ é alheio a toda violência, disputas, brigas, gosta de ordem, da limpeza, da pureza. Sua cor é o branco e o seu dia é a sexta-feira. Seus filhos devem vestir branco neste dia. Pertencem a OXALÁ os metais e outras substâncias brancas.
Na África, todos os Orixás relacionados a criação são designados pelo nome genérico de Orixá Fun Fun. O mais importante entre todos eles chama-se Orixalá(Òrìsanlà), ou seja, o grande Orixá, que nas terras de Igbó e Ifé é cultuado cmo Obatalá, rei do pano branco. Eram cerca de 154 Orixás Fun Fun, mas no Brasil a quantidade se reduz significativamente sendo que dois, Orixá Olùfón, rei de Ifón (Oxalufã), Orixá Ógìyán, o comedor de inhame e rei de Egigbó(Oxaguiã), tornaram-se suas expressões mais conhecidas.
A designação de Orixá Fun Fun se deve ao fato de a cor branca configurar-se como a cor da criação, guardando a essência de todas as demais. O brando representa todas as possibilidades, a base de qualquer criação. O nome Orisanlá foi contraído e deu orígem a palavra Oxalá, e com esse nome o grande Deus-pai passoua ser conhecido no Brasil. Todos os Orixás Fun Fun foram reunidos em Oxalá e divididos em várias qualidades de suas duas configurações principais: Òsálufón, Osagiyan, sendo este último, jovem e grerreiro, filho do primeiro mais velho e paciencioso.
Todas as histórias que relatam a criação do mundo passam necessariamente por Oxalá, que foi o primeiro Orixá concebido por Olodumaré e encarregado de criar não só o universo, como todos os seres, todas as coisas que existiríam no mundo.
A maior interdição de Oxalá é de fato o azeite-de-dendê, que jamais deve macular suas roupas, seus objetos sagrados, e muito menos o seu Alá. A ú nica coisa vermelha que Oxalá permite, é a pena de Ikodidè, prova de sua submissão ao poder genitor feminino.
Epó kété ó, Alà telè ó
Epó kété ó, Alà telè ó...
Evite o dendê, evite pisar no Alá
Evite o dendê, evite pisar no Alá.
O Alá representa a própria criação, está intimamente relacionado a concepção de cada ser; é a síntese do poder criador masculino. Sua função primeira já remete ao seu significado profundo. A ação de cobrir não evoca somente proteção, zelo, denota a atividade masculina no ato sexual.
No Xirê Oxalá é homenageado por último porque é o grande símbolo da síntese de todas as orígens. Ele representa a totalidade, o único Orixá que, como Exú, reside em todos os seres humanos. Todos são seus filhos, todos são irmãos, já que a humanidade vive sob o meso teto, o grande Alá que nos cobre e protege, o céu
O PERFIL DO ORIXÁ
Orixá masculino, de origem Ioruba (nagô) bastante cultuado no Brasil, onde costuma ser considerado a divindade mais importante do panteão africano. Na África é cultuado com o nome de Obatalá . Quando porém os negros vieram para cá, como mão-de-obra escrava na agricultura, trouxeram consigo, além do nome do Orixá, uma outra forma de a ele se referirem,Orixalá , que significa, orixá dos orixás. Numa versão contraída, o nome que se acabou popularizando, é OXALÁ.
Esta relação de importância advém de a organização de divindades africanas ser uma maneira simbólica de se codificar as regras do comportamento. Nos preceitos, estão todas as matrizes básicas da organização familiar e tribal, das atitudes possíveis, dos diversos caminhos para uma mesma questão. Para um mesmo problema, orixás diferentes propõem respostas diferentes - e raramente há um acordo social no sentido de estabelecer uma das saídas como correta e a outra não. A jurisprudência africana nesse sentido prefere conviver com os opostos, estabelecendo, no máximo, que, perante um impasse, Ogum faz isso, Iansã faz aquilo , por exemplo.
Assim, Oxalá não tem mais poderes que os outros nem é hierarquicamente superior, mas merece o respeito de todos por representar o patriarca, o chefe da família. Cada membro da família tem suas funções e o direito de se inter-relacionar de igual para igual com todos os outros membros, o que as lendas dos Orixás confirmam através da independência que cada um mantém em relação aos outros. Oxalá, porém, é o que traz consigo a memória de outros tempos, as soluções já encontradas no passado para casos semelhantes, merecendo, portanto, o respeito de todos numa sociedade que cultuava ativamente seus ancestrais. Ele representa o conhecimento empírico, neste caso colocado acima do conhecimento especializado que cada Orixá pode apresentar: Oçanhe, a liturgia; Oxóssi, a caça; Ogum, a metalurgia; Oxum, a maternidade; Iemanjá, a educação; Omolu, a medicina - e assim por diante.
Se por este lado, Oxalá merece mais destaque, o considerá-lo superior aos outros ( o que não está implícito como poder, mas sim merecimento de respeito ao título de Orixalá ) veio da colonização européia. Os jesuítas tentavam introduzir os negros nos cultos católicos, passo considerado decisivo para os mentores e ideólogos que tentavam adaptá-los à sociedade onde eram obrigados a viver, baseada em códigos a eles completamente estranhos. A repressão pura e simples era muito eficiente nestes casos, mas não bastava. Eram constantes as revoltas. Em alguns casos, perceberam que o sincretismo era a melhor saída, e tentaram convencer os negros que seus Orixás também tinham espaço na cultura branca, que as entidades eram praticamente as mesmas, apenas com outros nomes.
Alguns escravos neles acreditaram. Outros se aproveitaram da quase obrigatoriedade da prática dos cultos católicos, para, ao realizá-los, efetivarem verdadeiros cultos de Umbanda, apenas mascarados pela religião oficial do colonizador. Esclarecida esta questão, não negamos as funções únicas e importantíssimas de Oxalá perante a mitologia ioruba. É o princípio gerador em potencial, o responsável pela existência de todos os seres do céu e da terra. É o que permite a concepção no sentido masculino do termo. Sua cor é o branco, porque ela é a soma de todas as cores.
Por causa de Oxalá a cor branca esta associada ao candomblé e aos cultos afro-brasileiros em geral, e não importa qual o santo cultuado num terreiro, nem o Orixá de cabeça de cada filho de santo, é comum que se vistam de branco, prestando homenagem ao Pai de todos os Orixás e dos seres humanos. Se essa mesma, gostar e quiser usar roupas com as cores do seu ELEDÁ(primeiro Orixá de cabeça) e dos seus AJUNTÓS (adjutores auxiliares do Orixá de cabeça) não terá problema algum, apenas dependendo da orientação da cúpula espiritual dirigente do terreiro.
Segundo as lendas, Oxalá é o pai de todos os Orixás, excetuando-se Logunedé , que é filho de Oxóssi e Oxum, e Iemanjá que tem uma filiação controvertida, sendo mais citados Odudua eOlokum como seus pais, mas efetivamente Oxalá nunca foi apontado como seu pai.
AS CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OXALÁ
As características tão bem sintetizadas por Monique Augras ao descrever a dança de Oxalá (no ritual de nação) definem bem o arquétipo psicológico a ele associado. São caracteres encontrados nos arquétipos ocidentais também em relação à figura paterna.
Oxalá é o pai dos Orixás e, por extensão, de toda a humanidade. Estabelece, pois, entre si e os outros, uma aura não de temeridade (já que não é nada inseguro), mas sim de respeito e carinho. Os filhos de Oxalá, portanto, são pessoas tranqüilas, com tendência à calma, até nos momentos mais difíceis; conseguem o respeito mesmo sem que se esforcem objetivamente para obtê-lo. São amáveis e pensativos, mas nunca de maneira subserviente. Às vezes chegam a ser autoritários, mas isso acontece com os que têm Orixás guerreiros ou autoritários como adjutores ( ajuntós ).
Sabem argumentar bem, tendo uma queda para trabalhos que impliquem em organização. Gostam de centralizar tudo em torno de si mesmos. São reservados, mas raramente orgulhosos.
Seu defeito mais comum é a teimosia, principalmente quando têm certeza de suas convicções; será difícil convencê-los de que estão errados ou que existem outros caminhos para a resolução de um problema.
No Oxalá mais velho (OXALUFÃ) a tendência se traduz em ranzinzice e intolerância, enquanto no Oxalá novo (OXAGUIÃ) tem um certo furor pelo debate e pela argumentação.
Para Oxalá, a idéia e o verbo são sempre mais importantes que a ação, não sendo raro encontrá-los em carreiras onde a linguagem (escrita ou falada) seja o ponto fundamental.
Fisicamente, os filhos de Oxalá tendem a apresentar um porte majestoso ou no mínimo digno, principalmente na maneira de andar e não na constituição física; não é alto e magro como o filho de Ogum nem tão compacto e forte como os filhos de Xangô. Às vezes, porém, essa maneira de caminhar e se postar dá lugar a alguém com tendência a ficar curvado, como se o peso de toda uma longa vida caísse sobre seus ombros, mesmo em se tratando de alguém muito jovem.
As Folhas dos Orixáspaitandy contato celular operadora vivo (11) 998173814
Do mesmo modo como no oráculo de Ifá, os signos geomânticos (Odù)são organizados dentro de um sistema classificatório; no culto a Osanyin, os vegetais, também, estão inseridos nesse sistema.
A relação folha/orixá se evidencia com a existência de quatro compartimentos estruturados a partir de uma concepção de categorias lógicas e ordenadas segundo a visão de mundo dos jêje - nagôs. Sendo os Òrìsàs representações vivas das forças que regem a natureza, as folhas a eles atribuídas, no contexto litúrgico, associam-se, conseqüentemente, a esses elementos. Barros (1993:60), estudando essas classificações, verificou que: "Os vegetais estão dispostos em quatro compartimentos-base diretamente relacionados aos quatro elementos; as ewé af éé f é - folhas de ar ( vento); as ewé in ó n as ewé omi, - folha de água; e as Il é ou ewé igbó - folhas da terra ou floresta.
"Nestes quatro compartimentos-base, concentram-se o panteão jêje - nagô . Genericamente, vamos encontrar Exu e Xangô participando do compartimento Fogo; Ogun, Oxossi, Ossain e Obaluaye ligados ao elemento Terra; Iemanjá, Oxum, Obá, Nanã e Yewá associadas as Águas, e Oxalá e Oyá ao Ar. Todavia, ao particularizarmos veremos que alguns Òrìsàs como Logunede e Oxumare, considerados "Meta-Meta", estarão vinculados a mais de um desses compartimentos.
Exu está ligado com predominância ao elemento Fogo, porém, como "cada Òrìsà possui seu Exu, com o qual ele constitui uma unidade" ( Santos, 1976:131), este compartilhará do mesmo elemento ao qual o Òrìsà está associado. Assim, os Exus das Iabás estarão ligados também , ao elemento Água, os de Ogun e Oxossi ao compartimento Terra, e assim ocorrendo com os demais Exus.
Ogun atua predominantemente com no compartimento Terra. Todavia, na qualidade Warin, encontramos um Ogun que habita nas águas , pois segundos os mitos ele vive no Rio com Oxum; conseqüentemente, estará, também, ligado ao compartimento Água. Já Ogun Àgbèdè Òrun, ( Ferreiro do céu), se liga, também, ao elemento Ar, juntamente com Oxalá.
Oxossi é ligado à Terra; mas, nas suas variáveis, encontramos Inlè, modalidade deste Òrìsà que, como Logunede, está associado tanto ao compartimento Água quanto ao Terra; entretanto, para maioria das outras qualidades de Oxossi predominam o elemento Terra.
Obaluaye, sendo um Òrìsà da Terra ( Oba = Rei, Aye = Terra ), mas que se relaciona com a febre e o sol do meio-dia, está ligado, igualmente, os compartimentos Terra e Fogo. Em algumas ocasiões ele recebe o título de : "Baba Igbonan = Pai da quentura" ( Santos 1976:78). Título que é dado também a uma qualidade de Xangô Airá, considerado dono do fogo e cultuado numa fogueira.
Ossaim, por ser patrono dos vegetais, automaticamente, está ligado a todos os elementos da natureza; todavia, seu compartimento principal é o Terra, representado pelas florestas onde nasceu todos os vegetais.
Oxumare é representado pelo arco-íris que se projeta nas águas em direção ao céu. Liga-se, simultaneamente, aos compartimentos água e ar. Pode ser irmão de Obaluaye, algumas vezes se relaciona, também , com o elemento Terra.
Nana, a iaba que é representada pela chuva fertilizando a terra (lama), tem como compartimento base a Água, mas, também, a Terra.
Oiá, em um de seus diversos aspectos, é cultuada no rio Níger, na África, o que realça suas características de "deusa da fertilidade" ligada ao compartimento Água, bem como á responsável pelos coriscos, tempestades e ventanias, fato que a associa tanto ao elemento Ar quanto ao elemento Fogo. Sob a denominação de "Oya Igbale, Orisá patrono dos mortos e dos ancestrais"(Santos 1976:58), participa, também do elemento Terra.
Xango está associado, predominantemente, ao elemento Fogo, enquanto que Iroko, entidade fitomórfica cultuada em uma árvore, embora possua muita afinidade com o primeiro, está ligado ao elemento Terra.
Oxum, Iemanjá e Oba são iabas ligadas, especificamente, ao elemento Água; porém, alguns de seus aspectos poderão ligá-las aos demais compartimentos base.
Oxalá esta ligado, com predominância, ao compartimento Ar. Todavia, Santos (1976:59) diz que "Oxalá está associado à Água e ao Ár, Odudua está associado à Água e a Terra". Assim como Odudua, Orixá Okó também é um Orixá funfun (original) e, segundo os mitos, é considerado o patrono da agricultura, possuindo estreita ligação com a Terra.
Nesta visão do mundo Jeje-nago, direito/masculino/positivo são opostos a esquerdo/feminino/negativo, ou seja, o masculino é positivo e se posiciona do lado direito, enquanto o feminino é negativo e se posiciona do lado esquerdo. Neste contexto os compartimentos que contêm as ewé inón (folhas do fogo) e ewé afééfé (folhas do ar) estão associadas ao masculino, elementos fecundantes, enquanto que as ewé omi (folhas da água) e as ewé ilè (folhas da terra) se ligam ao feminino, elementos fecundáveis.
Ao determinar que as folhas são separadas por pares opostos: gún (de excitação) x èrò (de calma), ewé apa otun (folhas da direita) x ewé apa osi (folhas da esquerda), os Jeje-nago tomam como modelo um sistema da classificação baseada em posições binárias. Todavia, essa não é uma condição sine qua non quando analisamos mais detalhadamente a utilização dos vegetais, pois percebemos que algumas folhas positivas se relacionam com o lado esquerdo ou feminino e vice-versa, daí encontrarmos folhas femininas usadas com fins positivos, e folhas masculinas consideradas negativas. Verger (1995:25) cita, por exemplo, "que entre as folhas há quatro conhecidas como (...) as quatro folhas masculinas ( por seu trabalho maléfico) ...; e quatro tidas como antídotos..."Entre estas últimas ele inclui o òdúndún (Kalanchoe crenata), que é uma folha feminina, porém positiva, o que nos faz crer que as diversas condições binárias não interagem de modo rígido entre si, pois, como vimos, uma folha masculina pode estar situada junto aos elementos da esquerda por ser considerada negativa.
No sistema de classificação dos vegetais, a condição para que uma folha seja masculina ou feminina é o seu formato, pois, na concepção Jeje-nago, a forma fálica (alongada) caracteriza o elemento masculino, em contrapartida, a forma uterina (arredondada) determina o elemento feminino. Essa convenção é adotada, tanto com relação as folhas, quanto aos jogos divinatórios que tiveram origem a partir do oráculo de Ifá, onde, dos dezesseis cauris usados, oito são de forma alongada e considerados masculinos, e os femininos são os oito restantes que possuem forma arredondada. "Por conseguinte, Macho/Fêmea formam um par de oposição básico no que se refere às espécies vegetais, e está diretamente relacionado ao Òrìsà" (Barros 1993:63). As folhas consideradas masculinas estão associadas aos oborós ( orixás masculinos), bem como as femininas pertencem às Iabas (orixás femininos); todavia, eventualmente encontraremos algumas folhas femininas associadas aos oborós e algumas masculinas atribuídas às iabas, o que parece refletir uma bipolaridade característica de alguns orixás.
Quando utilizamos nos rituais de iniciação ou nos trabalhos litúrgicos, os vegetais classificados como èrò tem a função de abrandar o transe, apaziguar o orixá ou acalmar o iniciado; contrariamente, os considerados gún servem para facilitar a possessão e excitar o orixá.
Dentro de sua complexidade, o sistema de classificação dos vegetais é coerente com a visão de ordenação do mundo; desse modo, os vegetais vão além de suas utilidades práticas, pois "estão diretamente relacionados a uma cosmovisão específica e são constituintes de um modelo que ordena a classifica o universo, definindo a posição do indivíduo na ordem cosmológica"
Rezas do Yao e Orixás
Yaô
Gbàdúrá iaô
|
Reza de Yaô
|
Emi omo Òrìsà, ki mon e temi
|
Eu sou filho de Orixá, que eu seja Reconhecido por vós
|
Emi omo Òrìsà, ki mon e temi
|
Eu sou filho de Orixá, que eu seja Reconhecido por vós
|
Iaô ki ó E GbE, ki mon e temi
|
Convosco morar Yaô que vim, que eu Seja Reconhecido por vós
|
Iaô ki ó E GbE, ki mon e temi
|
Convosco morar Yaô que vim, que eu seja Reconhecido por vós
|
Iaô ki gbe e ó, ki gbe e ó, ki gbe e ó
|
Convosco morar Yaô que vim, convosco que vim morar convosco, Morar
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Ki gbe e ó, ki gbe e ó, Orisa wa t'ilé
|
Que vim morar convosco, que vim morar convosco, Orixá da Nossa Casa
|
Ngbà Ilé 'gbe awa, Orisa wa t'ilé
|
A casa aceita nós morarmos, Orixá da Nossa Casa
|
Ngbà Ilé 'gbe awa
|
Nós aceitamos morar
|
Ilé Omo ní ire ó 'um Ngbe
|
O filho está feliz em morar em nossa casa
|
Ó Ngbe um Ilé, ire ó
|
Ele mora em nossa casa, ele está feliz
|
Ilé Omo ní ire ó 'um Ngbe
|
O filho está feliz em morar em nossa casa
|
Ó Ngbe um Ilé, ire ó
|
Ele mora em nossa casa, ele está feliz
|
Séré ebile wa ó um 'Ndé
|
Tornou feliz a nossa família à sua chegada
|
Omo l'ayo ire ó 'wa Ndé
|
O filho contente e feliz em chegar até nós
|
L'ire ó ayo
|
Ele está feliz e contente
|
Omo ní ará Ilé wa ó
|
O filho é membro da nossa casa (parente)
|
Oun de ara Ilé wa ó
|
Ele chegou e é membro da Nossa Casa
|
Omo ní ará Ilé wa ó
|
O filho é parente da nossa família (casa)
|
Oun de ara Ilé wa ó
|
Ele chegou e é parente da Nossa Casa
|
Orixás
Gbàdúrà Òrìsà
|
Reza dos Orixás
|
É Òrìsà Wa Ni Ejo
|
E Suprir venha Orixá-nos
|
Ó dide mi so e NBO Ki O '
|
Eu peço me erga, Saudando-vos e cultuando-vos
|
Sori um lé, atrás bò Jae-lae
|
Sobre a nossa casa, com licença, Cubra-nos e sempre
|
É um Òrìsà ní Ejo
|
E Orixá que nós sejamos supridos
|
Ó dide mi so yin bo Onòn
|
Erga-me eu peço, cultuando-vos no caminho
|
Ó sé uma tradição, uma tradição ó uma sé
|
Faça-nos felizes, faça-nos felizes
|
Babá um pecado e Ilé
|
Pai da Nossa Casa, Serviremos vos
|
É um Òrìsà ki Oní ó l'oro
|
Orixá para quem fazemos hoje culto tradicional
|
E wá sé um lore babá um pecado e Ilé
|
Venha nos fazer felizes, Pai da nossa casa, nós vos Serviremos
|
Comidas
O'nje Gbàdúrà
|
Reza das comidas
|
'MBA ló ojúmón um jeun
|
Juntos vamos comer a comida da Manhã
|
'MBA ló ojúmón um jeun
|
Juntos vamos comer a comida da Manhã
|
A ojúmón jeun mba ló
|
Vamos comer uma comida da manhã juntos
|
'MBA ló um jeun o'nje Oson
|
Juntos vamos comer uma comida da tarde
|
'MBA ló um jeun o'nje Oson
|
Juntos vamos comer uma comida da tarde
|
A o'nje jeun ló mba Oson '
|
Vamos comer a comida da tarde juntos
|
'MBA ló um jeun o'nje alé
|
Juntos vamos comer uma comida da noite
|
'MBA ló um jeun o'nje alé
|
Juntos vamos comer uma comida da noite
|
Ló mba A alé jeun o'nje '
|
Vamos comer a comida da noite juntos
|
Babalaxé
Gbàdúrà ti Bàbáláàse
|
Reza do Babalaxé
|
Bàbáláàse ní yè wa
|
O Babalaxé deu-nos a vida
|
Soju Mòn omon Bàbáláàse um pecado e
|
Lance os olhos do conhecimento sobre os filhos, e nós Babalaxé Serviremos vos
|
Fí adósùu mi ní yè wa
|
Ele tornou-os adôxu E com o oxu deu-nos a vida
|
Soju Mòn omon Bàbáláàse um pecado e
|
Lance os olhos do conhecimento sobre os filhos, e nós o Babalaxé Serviremos
|
Fí ìkóòdíde mi ní yè wa
|
Pôs em nós ikodidé o e deu-nos a vida
|
Soju Mòn omon Bàbáláàse um pecado e
|
Lance os olhos do conhecimento sobre os filhos, e nós o Babalaxé Serviremos
|
- Este gbàdúrà Pode ser mudado para Ìyáláàse substituindo onde estiver Bàbáláàse
Ogum
Gbàdúrà Ògún
|
Reza de Ogum
|
Oní ija Oní ija
|
Senhor da luta, senhor da guerra
|
Oní ija Oní ija
|
Senhor da luta, senhor da guerra
|
Atrás e atrás e meje
|
Com licença, com licença aos sete
|
Meje ó rin jé e jojo
|
Andam os sete e é extremo
|
A l'eru. Oní ija
|
O medo que nós sentimos. O senhor da luta
|
Oní ire, Oní ó ija
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Senhor de Irê, senhor da luta
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Ó gogoro ará oun
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O corpo dele é esguio
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Wá gbélé gbe aláàkòro
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Venha morar e Proteger a Nossa Casa Senhor do Acoro
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Um pecado yin, um pecado imonlè yin
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Vos Serviremos Nós, nós vos Serviremos imanlé
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E pa Lóònòn sí, lóònòn sí e pa
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Para vós que matamos no caminho, para vós que matamos no caminho
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Oní ki àwúre, oni ki Awa pa
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O senhor que nos abençoa, Senhor para quem matamos
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Ògún OníÌré, Lóònòn sí e pa
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Ogum Senhor de Irê, para quem sacrificamos no caminho
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Olóònòn ki àwúre
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Senhor dos caminhos que nos abençoa
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Ògún Òrìsà ki ija àwúre
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Orixá Ogum luta que e nos abençoa
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E ki ló iré gbe ó
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Sois aquele que mora em Irê
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E E E Daju Awa
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Vigie-nos e guarde-nos
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Daju e olóònòn ó
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Vigie-nos, dono dos Caminhos
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Daju e olóònòn Awa
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Vigie-nos, dono dos nossos caminhos
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E Daju olóònòn ó
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Vigie-nos, dono dos Caminhos
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E Daju olóònòn Awa
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Vigie-nos, dono dos nossos caminhos
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Oxossi
Gbàdúrà Òsóòsì
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Reza de Oxóssi
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Ode to wa sile, nire sile
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O caçador é suficiente para a nossa casa, nossa casa para ser feliz
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Sí sí omon omon ira Ilé
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Para os filhos da casa Serem felizes
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Ode to wa um sile nire
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O caçador é suficiente para ser feliz Nossa Casa
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Ossain
Gbàdúrà Òsónyìn
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Reza de Ossain
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E jìn e jìn Ewé jìn e ó
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Vós destes, vós destes as folhas, vós destes
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E jìn e jìn Ewé jìn e ó
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Vós destes, vós destes as folhas, vós destes
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E Meré jìn-mere Òsónyìn wa Oogun
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Vós destes a nós a magia habilmente Ossain
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E Meré jìn-mere Òsónyìn wa lé ó
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Vós destes a nós a magia habilmente Ossain
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Máá Lo Ba inon níigbó ti ibo um bo
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Nunca iremos com o fogo às matas onde vos cultuamos
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Máá Lo Ba inon níigbó ti ibo um bo
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Nunca iremos com o fogo às matas onde vos cultuamos
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Wa dé omi máá dé inon
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Nós chegaremos com água, jamais com fogo
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Máá Lo Ba inon níigbó ti ibo um bo
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Jamais iremos com o fogo às matas onde vos cultuamos
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Obaluayê
Gbàdúrà Obàluwàiyé
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Reza de Obaluayê
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Bí um sápadá, bi um sápadá
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Se nós corrermos de volta, se corrermos de volta
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Dàgòlóònòn é, ó ó Oní yè
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Dê-nos licença nos caminhos, Senhos da vida
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Eda nji E '
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Acordais Vos que as Criaturas
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Mo dara àgòlóònòn é
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Sê-de bom para mim e dê-me licença nos caminhos
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Oxumarê
Gbàdúrà Osumare
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Reza de Oxumarê
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Daju E Ojo odo
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Certamente vossa chuva é o rio
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Daju E Ojo odo s'àwa
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Certamente vossa chuva é o rio para nós
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Osumare e se wa de ojo
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Oxumarê é quem trás a nós a chuva
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Gbe awa ló sìngbà opé wa
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Nós recebemos um e retribuímos com nossos agradecimentos
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E Ojo kun wa
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É o bastante a chuva para nós
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Daju E Ojo odo
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Certamente vossa chuva é o rio
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Iansã
Gbàdúrà Oya
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Reza de Iansã
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Tawa l'ewa aláadé
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Nossa Bela Senhora dona da Coroa
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WA de Oya e Laari ó
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Iansã chegou até nós, ela Possui muito valor
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O ki wa Dé e Laari o
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Nós a saudamos quando chega até nós, ela Possui alto valor
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Sun Le oun dé Orun
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Ela põe fogo na terra quando chega do céu
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Eèpàà hey yéyé Geere
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Saudamos a mãe que queima reluzente
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Sun Le oun dé Orun
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Ela põe fogo na terra quando chega do céu
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Pè Enyin um BO e Oya
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Chamamo vos-para cultuar-vos Iansã
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Pè Enyin um bo Oya
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Chamamo-vos para cultuar-vos Iansã
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Oya K'àrá ganhou lo
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Iansã que leva os raios embora
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Pè Enyin um bo Oya e Ìyálóòde
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Chamamo-vos para cultuar-vos Iansã, a pimeira-dama da sociedade
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Ewa
Gbàdúrà Yewá
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Reza de Ewa
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NboYewà Pelé ', uma Yewá o nire
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Cultuamos delicadamente Ewa, estamos felizes Ewa
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Òrìsà yin Yewá um 'NBO
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Orixá, estamos cultuando-vos Ewa
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Yewá um ó nire
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Ewa, estamos felizes
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Oxum
Gbàdúrà Òsun
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Reza de Oxum
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Iyá ó ó yéyé Òsun um 'NBO RI O
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Mãe, ó mamãe Oxum, nós a admiramos e cultuamos
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Kí yéyé assim, yéyé ki so mi
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Cumprimentamo-vos, mamãe, fale, cumprimentamo-vos fale comigo mamãe
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L'Orun Mojú l'Onòn
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Do céu olhe-me nos caminhos
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Ó AYABÁ ki odo gbe l'omi Toju
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Ó Rainha que mora no Rio, que toma conta
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Olùtojú
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Guardiã das águas
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Yemanjá
Gbàdúrà Yemonja
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Reza de Yemanjá
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Yemonja inú gbe l'Odon de sìngbà
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Yemanjá no rio vive, chega e retribui
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Gba ní a tecnologia wi gbe (GBA ní odo yin)
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Receba-nos e proteja-nos em vosso rio
|
Yemonja inú gbe l'Odon de sìngbà
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Yemanjá no rio vive, chega e retribui
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Gba ni (Agbe wi) yin odo
|
Receba-nos e proteja-nos em vosso rio
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Tó bo sinu odo yin Òrìsà Ògìnyón
|
Cultuamo-vos em vosso rio suficientemente Orixá dos inhames novos
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Gba ní odo yin
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Receba-nos em vosso rio
|
Tó bo sinu odo yin Òrìsà Ògìnyón
|
Cultuamo-vos em vosso rio suficientemente Orixá dos inhames novos
|
Gba ní odo yin
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Receba-nos em vosso rio
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Nanã
Gbàdúrà Naná
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Reza de Nanã
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A nana ira, uma ira Naná um awo
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Faça-nos felizes, Nana, felizes que nós cultuamos um Nanã
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Naná um awo pelé um ní-Pelé 'MBA ló sí
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Nanã, nós cultuamos um cuidadosamente e vamos embora juntos
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Awa Ni l'omo awo
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Nós somos filhos do culto
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Pelé-MBA pelé ani 'si lo
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Cuidadosamente estamos indo embora juntos
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Awa Ni l'omo awo
|
Nós somos filhos do culto
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Oxalá
Gbàdúrà ti Òòsààlà
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Reza de Oxalá
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Baba e pawo (atéwó)
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Pai, Batemos palmas para vós
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Fun mi kore pò
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Dê-me colheita abundante
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Baba e pawo (atéwó)
|
Pai, Batemos palmas para vós
|
Fun mi kore pò
|
Dê-me colheita abundante
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Saré mi ki maa e pecado
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Faça-me Feliz, o filho que vos sauda, cultua
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E pawo (atéwó), e divertimento mi
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E aplaude, dê-me
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Ase kore, pe àse e o o
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O axé de colher, peço-vos este axé, ô ô
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Saré sin mi k'omon e pawo
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Faça-me feliz que sou o filho que vos sauda e aplaude
|
Saré sin mi k'omon e atewó
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Faça-me feliz que sou o filho que vos sauda e aplaude
|
adúrà orí
BÍ MO JÍ LÒWÚRÒ
MÁÀ FI OWQ KANRI
N'JÉORÍÀJIRÉ?
ORÍ MI AJIKE
A BA NÍ WÁYÉ
MÁSÉ GBÀGBÉ LÀÍWA
IGBÁ, AJÈ KÁRÍ
SÈSÈ LÉNUN EIYE
SÈSÈ LÉNUN ÈGÀ
Ò WÒ IRÁ WÒ TÍTÍ KÔ DÊ ILÉ
K'Ó WÀ RÍ OMO PÓNLE
LÒJÓ JÚMÓN SÉ OHUN RERE
ORÍ WÒ ÒNÒN IBI RERE FÚN MI
GBÈÈMI IRE
ÒRÍSÁ WÒ IBIRE SÍ MI BÉÈ IHÒ ASE
Tradução
Pergunto ao meu Eléèdá
Minha cabeça, como está você hoje?
Minha cabeça eu trato como o Àjiké
Aquela que veio conosco para este mundo,
E que nunca se esquece de nós
Conteúdo de riquezas é o Òrisà que toco nele pela manhã e peço orientação para
resolver meus problemas.
O bico do pássaro comprido é ligado à cabeça
O bico do Ègá é comprido
Ele olha e vê as estrelas até onde nunca estive
Aquele que está olhando os filhos que o elogiam
Todas as manhãs fazendo com eles tenham sorte
Cabeça olhe meus caminhos para que sejam bons pra mim
Guie-me e dê-me sorte
Òrïsà olhe meus passos para que sejam bons pra mim, mesmo que seja num buraco.
Assim seja!
O JOGO DE BÚZIOS
"O jogo de búzios tem por finalidade identificar nosso Orixá (Ori=Cabeça (física e astral) + Ixá=guardião); ou seja , problemas de plano astral, espiritual, material e suas soluções". O jogo de búzios é uma leitura divinatória e esotérica por excelência, utilizado como consulta, quer seja; para identificar nosso orixá (ori= cabeça + ixá=guardião), que é a mesma figura do anjo de guarda; a situação material, astral e espiritual, principalmente com relação a problemas e dificuldades.
Portanto de uma forma definitiva - ninguém "fala" ao nosso ouvido, nem Exú e tampouco Oxum, os quais tem forte influência sobre o jogo, mas não desta forma, se assim fosse, não seria necessário jogá-los.
A leitura esotérica divinatória está diretamente ligada à Òrúnmìlà, cujos babalorixás, são seus porta-vozes, outras lendas africanas, mostram a ligação do jogo de búzios com Exú, Oxum e Oxalá. No capítulo destinado à Ifá e Odù, consta essa estreita relação entre Exú e Ifá.
O jogo de búzios é exclusivo dos candomblecistas praticantes e reconhecidamente iniciados, fora isso É FARSA, É MENTIRA, É ENGODO.
Os búzios são jogados em número de dezesseis, que correspondem aos dezesseis odús principais, quer sejam: okaran (exú), ejioko (ogum, ibeji), etaogunda (obaluayiê, ogun), iorosun (yemanjá, oya), oxê (oxum), obara (Oxossi, logunedé e xangô), odí (omolu oxosse e oxalá), egionile (oxaguian), ossá (oyá, yewa e yemanjá), ofum (oxalufan), owarim (oyá, oguy e exu), egilexebora (xangô, oba, iroko), egioligibam (nanã), iká (ossain e oxumare), obeogundá (ogun, ewá e obá) e alafia (orixalá, isto é, todos os outros Orixás funfun). Duas formas são as mais utilizadas, sobre a urupema (peneira (totalmente aboolido em ketou)), ou sobre erindilogun (fio de contas), que em alguns casos, nele constam os dezesseis orixás cultuados atualmente no Brasil; igualmente constam desta parafernália: uma otá, uma vela branca, um adjá (espécie de sineta) usado para saudar os orixás, abrir o jogo e convocar o eledá do consulente para que permita uma boa leitura; água; indispensável os fios de Oxalá e Oxum; um côco de ifá; moedas; favas; obi; orobô; um imã; uma fava (semente) especial que represente no jogo o eledá consultado, aforante a isso um preparo do babalorixá, e os orôs (rezas) necessários.
Para uma boa leitura de búzios, três situações são fundamentais:
1) Conhecimento e aprendizado.
2) Autorização, através de ritual próprio, o qual é ministrado por sacerdote responsável, tendo o iniciado passado por completo, com seriedade e merecimento, seu período de iniciação, que são no mínimo 7 anos.
3) Seriedade do consultor e do consulente.
1) Conhecimento e aprendizado.
2) Autorização, através de ritual próprio, o qual é ministrado por sacerdote responsável, tendo o iniciado passado por completo, com seriedade e merecimento, seu período de iniciação, que são no mínimo 7 anos.
3) Seriedade do consultor e do consulente.
Esses são pré-requisitos básicos para uma leitura honesta e imparcial.
Muito importante, quem "responde" no jogo de búzios é o orixá do consulente, ele é quem determina a formação dos búzios para serem analisados, é uma espécie de permissão, do orixá, para que a situação do seu filho seja exposta.
A forma de jogo mais usual, é a da leitura por odú, feita pela quantidade de búzios "abertos" ou "fechados", em que o babalorixá, deverá efetuar várias jogadas para uma leitura mais completa, em alguns jogos, cada queda corresponde a um único odú-orixá.
O porque e para que se consultam os búzios ? Pelo mesmo princípio que se vai ao médico, só vai quem está doente ou para uma avaliação de rotina, da mesma forma, que só toma remédio quem está doente, só se deve fazer algo, se houver alguma necessidade.
O futuro - é grande questão dos consulentes, no jogo de búzios, pode-se fazer "perguntas", cujas respostas não são detalhadas, mas de uma maneira geral é sim ou não, provável e se não fosse assim não haveria babalorixá pobre neste mundo, o futuro a Deus pertence, esta é uma frase sábia que alguém com muita propriedade disse um dia. O futuro depende muito dos nossos atos presentes, o exercício do nosso livre arbítrio é constante, nada está definitivamente marcado ou decidido, a partir do instante que exercemos nossa vontade, podemos modificar a todo instante nosso futuro; exemplos simples: se alguém fica doente e acha que é o destino, vai morrer, mas, se procurar um médico, vai se curar; o futuro foi alterado; assim alguém que perca seu emprego, se ficar em casa, vai passar fome, se sair e procurar um emprego, terá grande chance de conseguir e novamente alterar seu futuro; e assim com tudo na vida; uma grande questão é que muitas pessoas acham que seu orixá, anjo da guarda ou Deus, tem saber de tudo, das suas necessidades, dos seus problemas e simplesmente resolvê-los, antes assim fosse, porém, mais uma vez é necessário que o nosso livre arbítrio e o nosso querer, tem que ser constante em nosso dia a dia. Não podemos esperar que as pessoas "adivinhem" ou saibam o que estamos querendo ou precisando, se não falarmos, se não nos comunicarmos, é evidente que se tem uma forma de fazê-lo, sempre podemos dizer o que pensamos e precisamos, mas de uma forma correta, não agressiva, coerente. Sempre temos duas chances em cada situação que nos apresenta, o de sim e o de não, se tentarmos, porém se não tentarmos, só resta o não. O jogo de búzios, costumo dizer que é uma ciência exata, sabe-se ou não, não cabe meio termo, quem sabe, talvez, ou a leitura é a expressão de uma realidade presente ou não, a forma de checar se um jogo está correto, começa pela identificação do orixá, a cada orixá corresponde um estereotipo de caráter e personalidade ao seu "filho", que ao lhe relatar não pode errar ou fugir das suas principais características, que o babalorixá checa com o consulente, se tudo corresponde, as demais situações do jogo também estarão corretas. Porém se observe, que um leitor de jogo de búzios necessariamente tem que conhecer sobre as características que os orixás imprimem aos seus "filhos" características estas, que em alguns casos para o mesmo orixá, tem variantes, pela sua qualidade apresentada, ou ainda, difere determinadas características, se o "filho" for do sexo masculino ou feminino, há que se reconhecer uma situação um pouco complexa, e não poderia ser de outra forma, com todas essas variantes é um jogo prostituído, isto é, usado de forma inescrupulosa, leviana, por pessoas totalmente estranhas ao processo, pelos ignorantes que se julgam conhecê-lo. Com relação ainda à esta situação, é muito comum alguns iniciados ou até mesmo sacerdotes, que não se preocuparam muito com o aperfeiçoamento, estudo mais detalhado, prática exaustiva, incorrem num erro, de conhecer uma pessoa de determinado orixá, e classificar suas características como definitivas para aquele orixá, e sempre que ver alguém com aquelas características, achar que aquela pessoa, também será daquele orixá, generalizando para sempre todos estes casos e situações; o erro: esta pessoa que conheceram, pode estar com o orixá errado, pois quem lhe atribuiu este orixá, não era competente, este é um fato muitíssimo comum.
É uma forma de leitura divinatória, que não massifica, isto é, uma situação vale para muitos, como no caso do horóscopo, mas usada de forma individual, como exemplo, o caso de gêmeos, dois ou mais, nascem no mesmo dia, e no entanto, caráter e personalidade em muitos casos, totalmente diversos.
FAÇA SUA CABALA E CONHEÇA SUA PERSONALIDADE E O ORIXÁ QUE TE REGE
Ao começar escrever este artigo, eu, Babalorixá Sérgio Cigano, me dei conta do quanto resisti a crença da cabala, porém com o tempo eu entendi que ao usarmos esse método não para tentarmos idenficar nosso eleda, não estariamos substuindo a prática do jogo de búzios, pois somente o jogo poderá identificar seu eleda, esclarer dúvidas e caminhos que deverão ser seguidos em um determinado momentos das nossas vidas. A cabala serve para identificar o signo, ou pré destino, do qual viemos para o Aye (Planeta Terra), deixando aqui uma observação que na nossa crença jeje-nago, não acreditamos num destino e sim em vários caminhos, podendo este tomar outros cursos e mudar a qualquer hora, porisso temos a precisão de consultar o jogo de búzios, não para prever futuros, como acreditam muitos leigos, mas para saber qual o melhor caminho a ser tomado em determinada hora da nossa vida.
Durante muito tempo resisti a crença da cabala, fiz Cursos para provar que não seria possível esta previsão, porém ao longo do tempo, percebi que em 99%, isso pra não arriscar 100% a consulta aos números batiam exatamente com a personalidade da pessoa.
A cabala:
Para fazer a Cabala do destino, não confundir com a cabala judaica, que é um assunto muito mais complexo e não tendo nada a ver com a que vamos falar aqui, precisaremos apenas da data de nascimento da pessoa a ser consultada e teremos que tomar o seguinte procedimento:
A data do nascimeto de uma pessoa que nasceu em 24/08/1972
Pegamos os número do dia, do mes e do ano e somamos os seus valores brutos.
Por exemplo: 24/08/1972
Pegamos os número do dia, do mes e do ano e somamos os seus valores brutos.
Por exemplo: Dia mês ano
2 + 4 + 0 + 8 + 1 + 9 + 7 + 2= 33
pegamos o número 33 e continuamos a operação, pois é um número maior que 16.
3 + 3 = 6
6 = ODU OBARA
teremos a seguinte interpretação para a personalidade desta pessoa
essa pessoa é regida por Xangô Logun-Edé Osossi
Personalidade: pessoas com temperamento um tanto estourado, são de extrema sinceridade; são um pouco tagarelas com habito de contar tudo o que irá ser feito, evitando assim a concretização dos planos. Despertam antipatia e inveja das pessoas. São justas e tendem a possuir bens .
A data do nascimeto de uma pessoa que nasceu em 20/12/1960
Pegamos os número do dia, do mes e do ano e somamos os seus valores brutos.
Por exemplo: 20/10/1960
dia mês ano 2 + 0 + 1 +2 + 1 + 9 + 6 + 0 = 21
neste caso dando um número maior que dezesseis que é o número máximo dos odus, continuamos a operação pegando o “ 21 “ e somando, também seus valores brutos.
21 = 2 + 1 = 3 - onde 3= ao odu etaogunda
interpretação:
Essa pessoa é regida pelo orixá Ogun
A personalidade dos filhos deste odu
Seus filhos são pessoas conscientes que sua forca de vontade é importante para o sucesso, persistência e coragem para tirar melhor proveito das situações, pessoas que usam muito a razão; em seu lado negativo, traz a mentira, falsidade, fingimento, avareza e falsa .
Conferindo o seu resultado confira a tabala para que possa saber sua personlaidade e regência do seu Orixá:
Número 1 como resultado:
Odu okaran - 1 búzio aberto
Exu é o orixá que rege
A Personalidade dos filhos deste odu
Seus filhos são criativos, persistentes e de excelente memória. Possuem forte intuição, são maus gostam de ficar sós, possuem aparência descuidada, são egoístas e medrosos. Tendem ao egoísmo e ao individualismo.
Sua lenda
Era um pobre peregrino que vivia migrando. Permanecia em diversos lugares, mas, depois de fazer as plantações, mandavam embora, ficando os donos das terras com tudo o que ele tinha feito.
Por conselho de alguém, esse homem foi um dia a casa de um oluô, que lhe indicou um ebó (oferenda). tendo tudo preparado, partiu o homem para a grande mata fronteiriça e, lá chegando deu início ao serviço.
Mais tarde, ouvindo um barulho naquele lugar tão impenetrável, assustou-se. Era ogum, o dono dessa mata misteriosa. Chegando perto, ficou ogum espreitando o estranho, até que este, muito amedrontado, implorou misericórdia, perguntando a ogum se queria se servir de alguma coisa servida no ebó. Que falasse sem cerimônia, pois estava tudo a sua disposição.
Ogum aceitou tudo o que havia ali e ficou satisfeito. Perguntou, então, quem era tão perverso a ponto de mandar o peregrino para aquela paisagem impenetrável. O homem contou todos os percalços de sua vida.
Então, ogum, transfigurado, aterrorizante, bradou que ele pegasse o mariô e fosse marcar as casas dos seus amigos, pois ele, ogum, iria aquela cidade à noite destruir tudo o que lá se achasse. Iria arrasar todos os haveres lá existentes, até o solo. Dito e feito...
Ogum acabou com tudo, exceto as casas e os lugares que tenha sido demarcados pelo homem com a colocação de mariô em cima das portas. Tudo o que havia de riqueza ali ogum deu para ele, tudo mesmo, conforme tinha prometido.
Número 2 como resultado:
Odu megioko – dois buzios abertos
Obaluaê é o orixá regente
A personalidade dos filhos deste odu
Seus filhos são geniosos e exigentes. Impõem a sua vontade, por isso também adquirem muitos inimigos. São alegres e felizes porém quando nada lhes sai a contento, tornam-se sofredores. Possuem muito bom coração. São corajosos, briguentos, possuem iniciativa própria, são ambiciosos.
Sua lenda
Dizem as histórias que havia diversos príncipes que disputavam o poder. Também havia outros fidalgos oriundos de diversas cidades. Entre estes, havia tela-okô, que era desprovido de todos os meios de subsistência.
E lá um dia, enquanto roçava, bem no lugar onde havia colocado o ebó que ele tinha feito conforme a maneira decretada, tela-okô bateu com a enxada num forno enorme, que se abriu, causando-lhe grande espanto. Chamou os companheiros que estavam mais afastados, dizendo que tinha afundado no buraco da riqueza.
Mas, em seguida, tendo ele reconhecido ser deveras um verdadeiro tesouro da fortuna o que encontrara, mudou repentinamente, dizendo que o que tinha encontrado era apenas um buraco cheio de orobôs, e que estes eram tão alvos que pareciam tratar-se de moedas.
Claro que através deste caminho de odú, entende-se que jamais devemos revelar de onde provem nossas riquezas e não o tanto o que temos, afim de evitar invejosos, perseguidores e ladrões.
Número 3 como resultado
Odu Etaogunda
Ogun é quem rege esta pessoa
A personalidade dos filhos deste odu
Seus filhos são pessoas conscientes que sua forca de vontade é importante para o sucesso, persistência e coragem para tirar melhor proveito das situações, pessoas que usam muito a razão; em seu lado negativo, traz a mentira, falsidade, fingimento, avareza e falsa .
Uma lenda deste odu
Dizem ter existido um senhor que, depois de ter estado muito bem, ficara num estado tão precário que, devido à extrema miséria em que se achava, viu-se forçado a procurar todos os meios para não pôs termo à própria existência. Mas, tendo feito o que lhe determinaram fazer e tendo esperado a melhoria das suas coisas da vida sem ter algum resultado benéfico, foi-se para o mato com uma corda, afim de se enforcar, Foi quando, de súbito, viu um pobre leproso que estava pelejando para botar a água de um igbin (caramujo) na cabeça. O homem que estava prestes a cometer a ação de suicidar-se, com grande admiração e louvor, levantou as mãos para o céu, agradecendo a olorum (deus). Ele, que se julgava muito melhor do que aquele indigente leproso em semelhante estado de saúde, voltou para casa bastante satisfeito e confortado com o que vira.Em pouco tempo, foi chamado para ocupar o trono de seu pai, que falecera. Nessa ocasião, não se esqueceu daquele leproso que estava ali abandonado. Assim que foi levado ao trono, mandou buscar o seu companheiro de infortúnio naquele mau dia. Assim, ficar amambos bem...
Número 4 como resultado
Yorossum quatro búzios
A pessoa que tem este Odu é regida pelo Orixá Yemanjá
Personalidade dos filhos deste odu
As pessoas deste odú pecam e sofrem por não guardarem segredo, exceto quando lhes é conveniente- são faladoras generosas e francas; orgulhosas e exaltadas. Gostam de ajudar o próximo, inclinam-se ao ocultismo e aos mistérios.
Lenda deste odu
Em um certo tempo um homem que se achava em situação tão precária e em tal aperto, que não via de lado algum qualquer milagre que pudesse salvá-lo.
Ele resolveu ir até a casa de um oluô fazer o ebó (oferenda) indicado.
Feito tudo...lá se foi ele para um lugar reservado, acendeu o fogo, em seguida colocou as pimentas maduras no lume e pôs-se a receber fumaça nos olhos.
Feito tudo...lá se foi ele para um lugar reservado, acendeu o fogo, em seguida colocou as pimentas maduras no lume e pôs-se a receber fumaça nos olhos.
Em um dado momento, ia passando um príncipe reinante e herdeiro do trono. Observando aquela cena de sofrimento espontâneo, admirou-se do tal sujeito,que, no dizer dele, estava procurando o meio mais curto possível para pôr termo à existência. O príncipe, condoído com aquilo, o fez chegar aos seus pés e indagou dele o que havia ou o que queria dizer aquilo. Sem demora, o homem historiou a razão daquele ato de castigar a si próprio. Tratava-se de compromissos Em um certo tempo um homem que se achava em situação tão precária e em tal aperto, que não via de lado algum qualquer milagre que pudesse salvá-lo.
Ele resolveu ir até a casa de um oluô fazer o ebó (oferenda) indicado.
Feito tudo...lá se foi ele para um lugar reservado, acendeu o fogo, em seguida colocou as pimentas maduras no lume e pôs-se a receber fumaça nos olhos.
Feito tudo...lá se foi ele para um lugar reservado, acendeu o fogo, em seguida colocou as pimentas maduras no lume e pôs-se a receber fumaça nos olhos.
Em um dado momento, ia passando um príncipe reinante e herdeiro do trono. Observando aquela cena de sofrimento espontâneo, admirou-se do tal sujeito,que, no dizer dele, estava procurando o meio mais curto possível para pôr termo à existência. O príncipe, condoído com aquilo, o fez chegar aos seus pés e indagou dele o que havia ou o que queria dizer aquilo. Sem demora, o homem historiou a razão daquele ato de castigar a si próprio. Tratava-se de compromissos inadiáveis, que ele não podia cumprir. Disse o príncipe que, tendo pena dele, não consentiria tal cena. Também sem hesitação, o príncipe mandou-lhe uma verdadeira fortuna, com o qual o homem poderia viver toda a sua vida, sem o menor vexame.
Número 5 como resultado
OSE 5 BÚZIOS ABERTOS
A pessoa que tem este Odu como o de nascença é regida pelo Orixá Oxum
Personalidade desses filhos são pessoas deste odú gostam de muito prazer; são pessoas bem influentes, charmosas, ambiciosas e perigosas, principalmente no amor. Só pensam em lucro, são precipitadas no agir; perdem grandes oportunidades por existirem inimigos ocultos que impedem as vitórias. Tem o dom da feitiçaria. São aplicados no trabalho. Sentimentais, amantes das descobertas e de experiências místicas e científica. São choronas e um pouco fanáticas.
Lenda deste Odu
Conta-se que um filho de orixalá que se chamava dinheiro, que se dizia ser tão poderoso que poderia dominar até mesmo a morte.
Este, fez uma oferenda indicada pelo babalaô e saiu maquinando como poderia trazer preza a morte, conforme prometera diante de todos. Deitou-se na encruzilhada e as pessoas que passavam na estrada deparavam com um homem espichado no meio do caminho. Diziam uns:
-xi ! Está este homem esticado com a cabeça para a casa da morte, e os pés para a banda da moléstia e os lados do corpo para o lugar da desavença.
-xi ! Está este homem esticado com a cabeça para a casa da morte, e os pés para a banda da moléstia e os lados do corpo para o lugar da desavença.
Ouvindo tais palavras dos transeuntes, levantou-se o homem e disse, então, com ironia:
-já sei tudo o que era preciso conhecer. Estou com os meus planos já feitos.
-já sei tudo o que era preciso conhecer. Estou com os meus planos já feitos.
E lá de foi ele direto para a fazenda da morte. Chegando no local, começou a bater os tambores fúnebres de que a dona da casa(sra. Morte) fazia uso quando queria matar as pessoas indicadas para morrer. Ela tinha uma rede preparada e, quando a morte aproximou-se, apressada , afim de saber quem estava tocando os seus tambores, o homem envolveu-se na rede e levou logo ao maioral orixalá. Dizendo-lhe estas palavras:
Aqui está a morte que eu lhe prometi trazer em pessoa à vossa presença.
Orixalá, então lhe disse essas palavras:
-vai-te embora com a morte e tudo de melhor e de pior que possa haver no mundo, pois tu és o causador de tudo o que há de bem e de mal. Some-te daqui e a leva embora e, então, poderás possuir tudo e conquistar o universo inteiro.
Número 6 como resultado
Odu Obara – seis búzios abertos
As pessoa nascida sob este Odu são regidas pelos Orixás Xango e Logun Edé
A personalidade das pessoas nascida sob a regência deste Odu: São pessoas com temperamento um tanto estourado, são de extrema sinceridade; são um pouco tagarelas com habito de contar tudo o que irá ser feito, evitando assim a concretização dos planos. Despertam antipatia e inveja das pessoas. São justas e tendem a possuir bens.
Lenda deste Odu
Dizem que no principio do mundo, 15 dos 16 odus seguiram todos à casa do oluô, afim de procurar os meios que os fizessem mudar de sorte, mas nenhum deles fez o que foi determinado pelo oluô. Obará um dos dezesseis odus existentes,não se encontrava no grupo na ocasião em que os demais foram consultar o oluô. Sendo ele, porém, sabedor do ocorrido, apressou-se em fazer o que o oluô determinara. E que os demais odús não fizeram por simples capricho da sorte. Obará com afinco fez o máximo que pode para conseguir seu desejo, dada a sua condição precária (de pobreza). Como era de costume, os 15 odús de cinco em cinco dias iam à casa de olofim, e nunca convidavam obará , por ser ele muito pobre, tanto que olhavam para ele sempre com menosprezo. Pois, então, foram a casa de olofim, jogaram e até altas horas do dia não acertaram o que queriam que olofim adivinhasse e, com isso, acabou que todos eles se retiraram sem ter sido satisfeita sua curiosidade. Olofim, com desprezo, ofereceu uma abóbora a cada um deles, e eles, para não serem indelicados levaram consigo as abóboras ofertadas.
No caminho, porém, alguém se lembrou apontando para a casa de obará, de fazer ali uma parada, embora alguns fossem contra, dizendo que não adiantaria dar semelhante honra a obará, pois ele era um homem simples que nunca influía em nada.
Mas um deles, mais liberal, atreveu-se a cumprimentar obara-meji com estas palavras:
-- obará, bom dia ! Como vais de saúde? Será que hás de comer com estes companheiros de viajem?
Imediatamente respondeu ele que entrassem e se servissem da comida que quisessem. Dito isso, foram entrando todos, eles que já vinham com muita fome, pois estavam desde a manhã sem comer nada na casa de olofim.
A dona da casa foi ao mercado comprar carne para reforçar a comida que tinha em casa e, em poucas horas, todos almoçaram à vontade. Depois, obará convidou todos para que se deitassem para uma madorna, pois estavam todos cansados e o sol estava ardente. Mais tarde, eles se despediram do colega e lhe disseram:
-fica com estas abóboras para ti ---e lá se foram satisfeitos com a gentileza e a delicadeza do colega pobre e, até então, sem valia.
Mais tarde, quando obará procurou por comida, sua mulher o censurou por sua fraqueza e liberalidade, dizendo que ele tinha querido mostrar ter o que não tinha, agradando a eles que nunca olharam para ele, e nunca ligaram nem deram importância ao colega.
Porém as palavras de obará eram simples e decisivas.
-eu não faço mais do que ser delicado aos meus pares, estou cumprindo ordens e sei que fazendo estes obséquios, virá à nossa casa prosperidade instantânea.
-eu não faço mais do que ser delicado aos meus pares, estou cumprindo ordens e sei que fazendo estes obséquios, virá à nossa casa prosperidade instantânea.
Finda explicação, obará pegou uma faca e cortou uma abóbora, surpreendendo-se com a quantidade de ouro e pedras preciosas que haviam dentro dela. Surpreso, e com muita felicidade, viu que em uma abóbora havia lhe dado o título de odú mais rico, porém logo percebeu que haviam mais outras 14 abóboras a serem abertas e em cada uma delas haviam outras riquezas em igual quantidade.
Obará comprou tudo que precisava, palácio e até cavalos de várias cores.
Daí que estava marcado o dia para todos os odús irem novamente à conferencia no palácio de olófim, como era de costume, já muito cedo, achavam-se todos no palácio, cada um no seu posto junto a olofim.
Quando obará veio vindo de sua casa com uma multidão que o acompanhava, até mesmo os músicos de uma enorme charanga. Enfim, todos numa alegria sem par. De vez em quando, obará mudava de um cavalo para outro em sinal à nobreza.
Quando obará veio vindo de sua casa com uma multidão que o acompanhava, até mesmo os músicos de uma enorme charanga. Enfim, todos numa alegria sem par. De vez em quando, obará mudava de um cavalo para outro em sinal à nobreza.
Os invejosos começaram a tremer e esbravejar, chamando a atenção de olofim que indagou o que era aquilo. Foi então que lhe informaram que era obará. Então perguntou olofim aos demais odús o que tinham feito com as abóboras que presenteara a eles. Responderam todos que haviam jogado no quintal de obará. Disse então olofim que a sorte estava destinada a ser do rico e próspero obará. O mais rico de todos os odús.
Número 7 como resultado
Odikassan – 7 búzios abertos
As pessoas nascidas sob a regência deste odu são regida pelos Orixás Obaluaê, oxalufon e Exu
A personalidade das pessoas nascidas
São pessoas comunicativas e fácil amizade, são sempre traídos por amigos, são sentimentais, tem forte poder intuitivo e psíquico. Quando espiritualizadas atingem posição de destaque na vida. Fora isso levam a vida em duras penas, tendo dificuldade de conviver com os impulsos. São desconfiados e ciumentos, possuem sorte para o jogo. Gostam de adivinhar ...
Lenda deste Odu
Conta-se a história de um homem que era escravo e um dia se viu abraçado em um eminente perigo. Este homem foi amarrado por dele terem dito que cometera um crime. Segundo as leis daquela terra, botaram o homem num caixão grande todo pregado e deitaram a caixa rio abaixo. Por uma dessas coincidências que sempre acontecem no destino* das criaturas, a correnteza lançou o caixão na praia duma cidade cujo o rei estava morto e enterrado, e onde os súditos ainda estavam guardando luto.
Acontece que ali haviam muitos príncipes com direito a sucessão imediata, mas sobre todos pesava alguma grave acusação, de forma que não se sabia como haviam de decidir o complicadíssimo problema da sucessão do rei morto, como nunca jamais acontecera na história do dito povo. Depois de muito cogitar do assunto, foi decidido que marcassem um prazo para surgisse uma pessoa estranha àquela nação que assumiria o governo e seria o rei daquela terra daí em diante.
Dito e feito, esse homem, que tinha antes do cativeiro feito uma oferenda que o babalaô determinara, veio ele se esbarrar, dentro do caixão, na praia de ibim, onde o acolheram e imediatamente o elegeram rei daquele povo. Assim ficou ele sendo o venturoso rei de uma nação . Onde só o destino (odú) poderia dar tamanha sorte.
Número 8 como resultado
Ejioline – 8 búzios abertos
As pessoas nascidas sob este Odu são regidas pelos Orixás Oxaguiã e Xango
Personalidade: são pessoas trabalhadoras, gostam de tudo rápido, exige anseio, limpeza; pessoas impulsivas; pessoas de espírito livre; enjoam de tudo facilmente; paixões violentas, são curiosos, adoram viajar.
A lenda de ejionile
Naquele tempo, mandaram todas as árvores fazerem oferendas a olorum (deus) mas nenhuma deu importância ao conselho. Somente a cajazeira fez a oferenda. Daí por diante, todas as árvores morreram sem delongas quando estavam deitadas, exceto a cajazeira, que mesmo deitada, caída ao chão, sempre grela e renasce.
Número 9 como resultado
Ossa – 9 búzios abertos
Quem nasce sob este Odu é regido pelos Orixás Yasâ e yemanjá
Personalidade: são pessoas autoritárias, teimosas, brigonas; tendem a ter discórdias e rancores, possuem boas intuições e são voltados a grandes projetos de realização pessoal. São daquelas pessoas que só acreditam vendo, porém quando acreditam possuem forte tendência a lidar com o espiritual, são muito críticos metódicos e individualistas.
Oxalá protege muito os seus filhos.
Oxalá protege muito os seus filhos.
Lenda deste Odu
Conta-se que no princípio mandaram orumilá fazer uma oferenda citada, porém, ele não o fez. Orixalá, sim, fez tudo conforme havia sido determinado. Num certo dia, veio muita gente que fugia apavorada, mas o chefe e maioral do lugar, como deveria ser, recebeu todos e os salvou das perseguições e eles, em gratidão, entregaram-lhe tudo de valor que cada um trazia consigo, assim orixalá ficou muito próspero no devido tempo. Ou quando chegara sua vez de ter tal fortuna.
Número 10 como resultado
Ofun – 10 búzios abertos
Orixas que regem as pessoas deste sígno são todos os Oxalás
Uma obeservação importante que deixo aqui é que não se deve pronunciar o nome deste Odu na frente de uma pessoa que não é feita no santo e quando um olhador de búzios estiver jogando e cair este Odu deve-se levantar e sentar-se 3 vezes em respeito, na 3ª vez que sentar-se, soprar um pó, imaginário , em direção a rua.
As pessoas nascidas sob a regência deste Odu, geralmente são rancorosas,teimosas, vingativas, com senso de justiça muito imparcial, tendem obter sucesso após meia idade, são envelhecidos internamente, aparentam possuir muita calma e paciência.
Osucesso material depende do sucesso espiritual.
Osucesso material depende do sucesso espiritual.
Lenda deste odu
Um dia foi marcado uma reunião entre todos os orixás, cada um tratou de realizar as oferendas especificas afim que tudo transcorresse muito bem, orixalá tratou logo de preparar a sua. Findando a feitura da oferenda, entregaram a orixalá panos brancos para ele fazer um vestuário e penas de papagaio da costa para ele colocar em sua cabeça. Assim feito tudo, chegou o dia da grande reunião em que todos os orixás se apresentaram.
Orixalá apareceu de uma forma tão maravilhosa em suas vestes novas, como se fosse iluminado pelos raios do sol. Assim, todos foram se curvando diante de tamanho brilho da aurora nascente, juraram fidelidade e lhe deram tudo o que possuíam, com a palavra de o adorarem para sempre...
Número 11 como resultado
Owonrin – 11 búzios abertos
São pessoa regidas por Yasã e Exu
Personalidade: são pessoas de certa forma 'perigosas", obstinados por sucesso, felizes quando buscam profissões liberais que atuam junto ao público. Possuem muita energia, disposição; estão em constante movimento, agito. São muito nervosos. Possuem sorte na vida, porém são extremamente vingativos e defendem-se atacando.
Lenda deste odu
Em certo dia, uma mulher muito fiel aos orixás fora numa fonte lavar roupa levando consigo sua criancinha. Lá havia outra mulher invejosa que, vendo que ela estava distraída com a sua ocupação, tentou lançar a criancinha da outra numa bacia d'água. Mas outra mulher ainda, ouvindo o chorinho da criança, correu para ali e a tirou de dentro d"água, salvando-a do perigo, antes mesmo de sua mãe se der conta. Do horror que acontecia.
Assim se vê o ponto onde uma pessoa má pode chegar... E também o quanto podemos contar com a ajuda e proteção através de oferendas específicas.
Número 12 como resultado
EJÍLÀSEGBORA – 12 búzios abertos
As pessoas nascidas sob este Odu são regidas pelo Orixá Xango
Personalidade: são pessoas barulhentas, intrigantes, gostam de intrigas, orgulhosas, vaidosas ao extremo, prepotentes, autoritários, volúveis e sovinas. Gostam de manipular as pessoas e as situações. Possuem forte tendência a obter altas posições na sociedade, possuem tendências a vícios, difícil de se arrepender de suas atitudes, a vitória faz parte de sua vida, venha como vier. Porém também não estão livres do fracasso, pois assim como se sobe, também pode-se descer.
Número 13 como resultado
EJÍOLOGBÓN – 13 búzios abertos
Quem nasce de EJÍOLOGBÓN é regido pelo Orixá Nana
São pessoas rancorosas. Teimosas, humildes, dóceis, zelosas, impacientes, conservadoras, porém possuem difícil trato, são bastante introspectivas, em geral são são pessoas com tempeamento e aparênica de pessoas de mais idade. Têm pavor da morte. Sempre aparentam ter uma felicidade que na verdade não existe.
Número 14 como resultado
ÌKA – 14 búzios abertos
Quem nasce sob este Odu é regido pelos orixás Oxumare e Ossãe
As pessoas que nasceram sob a regência deste Odu fazem Boas Amizades, São Desconfiados, Traiçoeiros, Possuem Muita Sorte Relacionado Ao Dinheiro; São Muito Ativas, Estão Sempre Em Movimento(Ação); São Pessoas Equilibradas, Preocupam-Se Com O Bem Estar De Outrem, Possuem Muita Liderança E Facilidade De Aprendizado, Portanto Adoram Aprender E A Ler (Inteligentes)
Número 15 como resultado
Ogbèògùndá – 15 búzios abertos
São pessoas regidas por Obá, Ogun e Osun
São pessoas com grandes dificuldades em relacionamentos amorosos, levam vida agitada, são batalhadoras; possuem personalidade forte e exigente. São muitas vezes incompreendidas e vingativas. Também são muito trabalhadoras e portanto são favorecidas nos negócios, (com pouco lucro, sucesso) mas com muita luta tendem a vencer.
Número 16 como resultado
Aláfia – 16 búzios abertos
Orixás regente, não tem um especificamente para quem nasce com a regênica deste Odu, pois nesta configuração responde todos os orixás.
SÃO PESSOAS QUE ALCANÇAM TRIUNFO EM TUDO, LUCROS, HERANÇAS, VIAGENS, FELICIDADE, BOAS PROPOSTAS..
SÃO PESSOAS QUE SEMPRE PRECISAM DE ORIENTAÇÃO ESPIRITUAL, POIS A AFLIÇÃO LHE É APARENTE.
Observação importante:
Eu aconselho a não tentar ver seu orixá por este método, pois acredito que só numa mesa de jogo somos capazes de identificá-lo. Estou tocando neste assunto devido ao que tenho visto por muitos tentando identificar seu eleda com este método, provocando com isso muita polêmica no candomblé, volto a repetir que a cabala serve para identificar nossa personalide tornando possível a busca de um auto conhecimeto levando-nos a ter uma relação maior com todos a nossa volta e identicar quais os orixás que nos regem. Conhecendo nossas virtudes e defeitos estamos a um passo de nos relacionarmos melhor com o nosso meio trazendo grandes benefícios aos que nos cercam, transformando-nos em uma nova pessoa também estaremos buscando a nossa própria felicidade, pois na maioria das vezes, a felicidade está a todo tempo ao nosso alcance e não conseguimos enxergá-la.
Outras definições referente ao Oriki de Exu (Em português) segunda vesão.
Com a licença dos guerreiros protetores e tomando emprestado um título de Reginaldo Prandi, lanço aqui algumas opiniões, ilustrações, citações, rimas, provérbios, depoimentos, cantigas, poemas, transas, transes, e tranças sobre espiritualidade e as suas inúmeras manifestações na cultura pop.
Exu. Nas palavras de Jorge Amado: “Exu come tudo que a boca come, bebe cachaça, é um cavaleiro andante e um menino reinador. Gosta de balbúrdia, senhor dos caminhos, mensageiro dos deuses, correio dos orixás, um capeta. Por isso, sincretizaram-no com o Diabo; em verdade ele é apenas o orixá em movimento, amigo de um bafafá, de uma confusão mas no fundo, excelente pessoa. De certa maneira é o não onde existe o sim; o contra em meio ao favor; o intrépido e invencível.”
Sem Exu, os Orixás não podem ajudar seus fiéis. Exu transforma o conflito em harmonia. Tudo sabe, ouve e transmite. Garante a eternidade do povo e a continuidade do homem.
ORIKI
Escreveu certa vez Antônio Risério: “Tudo o que existe, aqui ou no outro mundo, pode ser premiado com a composição de um oriki. Orikis são emitidos para ninar crianças, celebrar deuses, receber visitas, batizados, noivados e funerais. Em suma, pontuam todos os momentos da existência social na Iorubalândia. Oriki. Música verbal. Melopéia. É bom enfatizar que ninguém emite um oriki de orixá em vão. Recitar ou cantar um oriki de Oxossi, por exemplo, é o mesmo que recitar um poema de Blake, ou cantar um blues de Billie Holiday.”
Exu. Nas palavras de Jorge Amado: “Exu come tudo que a boca come, bebe cachaça, é um cavaleiro andante e um menino reinador. Gosta de balbúrdia, senhor dos caminhos, mensageiro dos deuses, correio dos orixás, um capeta. Por isso, sincretizaram-no com o Diabo; em verdade ele é apenas o orixá em movimento, amigo de um bafafá, de uma confusão mas no fundo, excelente pessoa. De certa maneira é o não onde existe o sim; o contra em meio ao favor; o intrépido e invencível.”
Sem Exu, os Orixás não podem ajudar seus fiéis. Exu transforma o conflito em harmonia. Tudo sabe, ouve e transmite. Garante a eternidade do povo e a continuidade do homem.
ORIKI
Escreveu certa vez Antônio Risério: “Tudo o que existe, aqui ou no outro mundo, pode ser premiado com a composição de um oriki. Orikis são emitidos para ninar crianças, celebrar deuses, receber visitas, batizados, noivados e funerais. Em suma, pontuam todos os momentos da existência social na Iorubalândia. Oriki. Música verbal. Melopéia. É bom enfatizar que ninguém emite um oriki de orixá em vão. Recitar ou cantar um oriki de Oxossi, por exemplo, é o mesmo que recitar um poema de Blake, ou cantar um blues de Billie Holiday.”
ORIKI de EXU:
Laroiê!
Rei da Astúcia.
Senhor dos Ardis.
Margem, Zona de Fronteira.
Ruas, Esquinas, Estradas.
Interstícios.
Personalidade Liminóide.
Inocência de criança e licença de ancião.
Protetor do Terreiro.
Porteiro e guardião.
Sempre invocado para o bom desenrolar da festa.
Madeira que cupim não rói.
Braço direito de Orunmilá.
Anda pelos campos, anda entre os ebós.
Atirando uma pedra hoje,
Mata um pássaro ontem.
MUSIFIN VULGO EXU DA CAPA PRETA
Musifin ou Exu da Capa Preta, se trata de uma entidade que quando vida teve viveu com o titulo de Conde em uma época remota, mais antiga do que a própria antiguidade, algumas pesquisas relatam que pode ser encontrado parte da biografia desta entidade em uma antiga colônia, hoje denominada Pensilvânia.
Foi um Bruxo com profundos conhecimentos sobre os mistérios da Magia negra, da Alquimia, da quimbanda e dos poderes dos feitiços praticados com os elementos através da magologia.
Conseguiu transpassar a barreira do tempo de sua própria existência através da prática da Magia e hoje incorpora em um médio para dar consultas e resolver problemas espirituais utilizando o seu conhecimento milenar, sua magia e seu poder de Exu.
Quem recorre a esta poderosa entidade, para solucionar os seus problemas, seja ele de ordem física ou espiritual, jamais vivera em vão.
Exú Capa Preta esta na hierarquia cabalística como Décimo sétimo comandado de exu calunga. Seu poder esta nas encruzilhadas e também no cemitérios, alem de realizar trabalhos dentro de seu circulo cabalístico nos terreiros de kimbanda nos quais ele predomina, tem como curiador o marafó e todas as bebidas destiladas.
Recebe também oferendas de pade(Farofas), carne de porco, ejé, Pimenta e etc...
Ao realizar seus trabalhos se transforma num bruxo poderoso em volta da sua capa, fazendo evocações não à problemas que ele não possa solucionar.
SEJA BEM VINDO! AO REINO DE EXÚ CAPA PRETA (MUSIFIN)
Atenção:Esse Exú é chamado de faca de dois gume (Pratica o bem e o mal, conforme for solicitado), se você não tem um problema, não solicite seus serviços.
Folhas Litúrgicas no Candomblé
Èsù Odun-dun - Folha-da-costa Teté - Bredo sem espinhos Orim-rim - Alfavaquinha
Pepé - Malmequer bravo
Labre - Tiririca
Kanan-kanan - Folha de bobó
Kan-kan - Cansanção de porco
Inã - Cansanção branco de leite
Aberê - Picão-da-praia, carrapicho-de-agulha
Pepé - Malmequer bravo
Labre - Tiririca
Kanan-kanan - Folha de bobó
Kan-kan - Cansanção de porco
Inã - Cansanção branco de leite
Aberê - Picão-da-praia, carrapicho-de-agulha
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Ìróko Folha-de-loko Pepé Malmequer bravo
Teterégún Canela-de-macaco Monam Parietária Aferê Mutamba Piperégún Nativo
Obô Rama de leite Eregê Erva-tostão, graminha Ibin Folha-de-bicho Afoman Erva-de-passarinho
Omun Bredo
Orin-rin Alfavaquinha Odun-dun Folha-da-costa (saião) Teté Bredo sem espinhos Já Capeba Anó-peipa Cipó-chumbo
Ìróko Folha-de-loko Pepé Malmequer bravo
Teterégún Canela-de-macaco Monam Parietária Aferê Mutamba Piperégún Nativo
Obô Rama de leite Eregê Erva-tostão, graminha Ibin Folha-de-bicho Afoman Erva-de-passarinho
Omun Bredo
Orin-rin Alfavaquinha Odun-dun Folha-da-costa (saião) Teté Bredo sem espinhos Já Capeba Anó-peipa Cipó-chumbo
Odé Teté - Bredo sem espinhos Orin-rin - Alfavaquinha Odun-dun - Folha-da-costa
Jacomijé - Jarrinha
Irekê-omin - Dandá do brejo Piperégún - Nativo
Junçá - Espada de Ògún
Ìróko - Folha de loko Mariwô - Folha de dendezêiro
Irum-perlêmin - Capim cabeludo
Akoko
Fitiba - Cana-fita Monam - Parietária
Jacomijé - Jarrinha
Irekê-omin - Dandá do brejo Piperégún - Nativo
Junçá - Espada de Ògún
Ìróko - Folha de loko Mariwô - Folha de dendezêiro
Irum-perlêmin - Capim cabeludo
Akoko
Fitiba - Cana-fita Monam - Parietária
Òsányín
Ganucô - Língua de galinha
Obô - Rama de leite Aferé - Mutamba
Tolu-tolu - Papinho-de-peru Monam - Parietária
Jamin - Cajá
Bala - Taioba
Teterégún - Canela-de-macaco
Timim - Folha de neve branca, cana-do-brejo
Pepé - Malmequer bravo Mariwô - Folha de dendezeiro Awô-pupa - Cipó-chumbo
Junçá - Espada de Ògún Piperégún - Nativo
Arê-agê - Tostão
Simim-simim - Vassourinha Afoman - Erva-de-passarinho
Omim - Alfavaquinha
Teté - Bredo sem espinho
Odum-dum - Folha-da-Costa
Ganucô - Língua de galinha
Obô - Rama de leite Aferé - Mutamba
Tolu-tolu - Papinho-de-peru Monam - Parietária
Jamin - Cajá
Bala - Taioba
Teterégún - Canela-de-macaco
Timim - Folha de neve branca, cana-do-brejo
Pepé - Malmequer bravo Mariwô - Folha de dendezeiro Awô-pupa - Cipó-chumbo
Junçá - Espada de Ògún Piperégún - Nativo
Arê-agê - Tostão
Simim-simim - Vassourinha Afoman - Erva-de-passarinho
Omim - Alfavaquinha
Teté - Bredo sem espinho
Odum-dum - Folha-da-Costa
Òsùmàrè
Ìróko - Folha de Ìróko
Monan - Parietária, brotozinho
Bala - Taioba
Jamin - Cajá
Aberê-ejó - Pente de Òsúmarè
Aferê - Mutamba
Obô - Rama de leite
Exibatá - Golfo redondo do monam
Jacomijé - Jarrinha
Tinim - Folha da neve branca, cana-de-brejo
Peculé - Mariazinha
Tolu-tolu - Papinho-de-peru
Ìróko - Folha de Ìróko
Monan - Parietária, brotozinho
Bala - Taioba
Jamin - Cajá
Aberê-ejó - Pente de Òsúmarè
Aferê - Mutamba
Obô - Rama de leite
Exibatá - Golfo redondo do monam
Jacomijé - Jarrinha
Tinim - Folha da neve branca, cana-de-brejo
Peculé - Mariazinha
Tolu-tolu - Papinho-de-peru
Sòngó
Teté - Bredo sem espinhos
Orin-rin - Alfavaquinha
Odum-dum - Folha da costa
Jacomijé - Jarrinha
Bamba - Folha de mibamba
Alapá - Folha de capitão
Pepê - Folha de loko
Oicô - Folha de caruru
Xerê-obá - Chocalho de xangô
Oxé-obá - Birreiro
Monan - Parietária
Aferé - Mutamba
Obô - Rama de Leite
Odidí - Bico-de-papagaio
Obaya - Beti-cheiroso - macho ou fêmea
Teté - Bredo sem espinhos
Orin-rin - Alfavaquinha
Odum-dum - Folha da costa
Jacomijé - Jarrinha
Bamba - Folha de mibamba
Alapá - Folha de capitão
Pepê - Folha de loko
Oicô - Folha de caruru
Xerê-obá - Chocalho de xangô
Oxé-obá - Birreiro
Monan - Parietária
Aferé - Mutamba
Obô - Rama de Leite
Odidí - Bico-de-papagaio
Obaya - Beti-cheiroso - macho ou fêmea
Oyá
Teté - Bredo sem espinho
Orim-rim - Alfavaquinha
Odum-dum - Folha-da-costa
Jacomijé - Jarrinha
Afomam - Erva-de-passarinho
Abauba - Folha de imbaúba
Tepola - Pega pinto
Eregê - Erva-tostão
Já - Capeba
Obayá - Beti-cheiroso
Piperégún - Nativo
Ìróko - Folha de loko
Pepé - Malmequer
Teterégún - Canela-de-macaco
Junça - Espada de Ògún
Adimum-ade-run - Folha de fogo
Obe-cemi-oia - Espada de Oyámésèèsán rosa
Monan - Parietária
Bala - Taioba
Jamim - Cajá
Aferé - Mutamba
Gunoco - Língua-de-galinha
Obô - Rama de leite
Teté - Bredo sem espinho
Orim-rim - Alfavaquinha
Odum-dum - Folha-da-costa
Jacomijé - Jarrinha
Afomam - Erva-de-passarinho
Abauba - Folha de imbaúba
Tepola - Pega pinto
Eregê - Erva-tostão
Já - Capeba
Obayá - Beti-cheiroso
Piperégún - Nativo
Ìróko - Folha de loko
Pepé - Malmequer
Teterégún - Canela-de-macaco
Junça - Espada de Ògún
Adimum-ade-run - Folha de fogo
Obe-cemi-oia - Espada de Oyámésèèsán rosa
Monan - Parietária
Bala - Taioba
Jamim - Cajá
Aferé - Mutamba
Gunoco - Língua-de-galinha
Obô - Rama de leite
Òsún
Teté - Bredo sem espinhos
Orim-rim - Alfavaquinha
Odum-dum - Folha da costa
Efim - Malva branca
Omim - Beldroega
Já - Capeba
Ìróko - Folha de loko
Pepe - Malmequer branco
Teterégún - Canela de macaco
Monan - Parietária
Jamin - Cajá
Tolu-tolu - Papinho de peru
Aferé - Mutamba
Eim-dum-dum - Folha da fortuna
Obô - Rama de leite
Omin-ojú - Golfo branco
Ilerin - Folha de vintém
Teté - Bredo sem espinhos
Orim-rim - Alfavaquinha
Odum-dum - Folha da costa
Efim - Malva branca
Omim - Beldroega
Já - Capeba
Ìróko - Folha de loko
Pepe - Malmequer branco
Teterégún - Canela de macaco
Monan - Parietária
Jamin - Cajá
Tolu-tolu - Papinho de peru
Aferé - Mutamba
Eim-dum-dum - Folha da fortuna
Obô - Rama de leite
Omin-ojú - Golfo branco
Ilerin - Folha de vintém
Yemonjà
Teté - Bredo sem espinhos
Orim-rim - Alfavaquinha
Odum-dum - Folha da costa
Efim - Malva branca
Omin-ojú - Golfo branco
Jacomijé - Jarrinha
Ibin - Folha de bicho
Já - Capeba
Obaya - Beti-cheiroso
Ìróko - Folha de loko
Tinin - Folha de neve branca, cana-do-brejo
Ereximominpala - Golfo de baronesa
Teterégún - Canela de macaco
Monam - Parietária
Jamim - Cajá
Obô - Rama de leite
Teté - Bredo sem espinhos
Orim-rim - Alfavaquinha
Odum-dum - Folha da costa
Efim - Malva branca
Omin-ojú - Golfo branco
Jacomijé - Jarrinha
Ibin - Folha de bicho
Já - Capeba
Obaya - Beti-cheiroso
Ìróko - Folha de loko
Tinin - Folha de neve branca, cana-do-brejo
Ereximominpala - Golfo de baronesa
Teterégún - Canela de macaco
Monam - Parietária
Jamim - Cajá
Obô - Rama de leite
Obàlúwàiyé
Monam Parietária - brotozinho
Bala - Taioba
Jamim - Cajá
Aferé - Mutamba
Obó - Rama de leite
Exibatá - Ovo redondo de monãn
Jakomijé - Jarrinha
Afoxian - Erva de passarinho
Já - Capeba
Turin - Folha de neve branca
Pekulé - Mariazinha
Tolu-tolu - Papinho de peru
Monam Parietária - brotozinho
Bala - Taioba
Jamim - Cajá
Aferé - Mutamba
Obó - Rama de leite
Exibatá - Ovo redondo de monãn
Jakomijé - Jarrinha
Afoxian - Erva de passarinho
Já - Capeba
Turin - Folha de neve branca
Pekulé - Mariazinha
Tolu-tolu - Papinho de peru
Nàná
Teté - Bredo sem espinhos
Orim-rim - Alfavaquinha
Odum-dum - Folha da costa
Exibatá - Golfo redondo de manam
Jacomijé - Jarrinha
Afoman - Erva de passarinho
Já - Capeba
Timim - Folha de neve branca, cana-do-brejo
Peculé - Parioba
Bala - Taioba
Jamim - Cajá
Aferé - Mutamba
Obô - Rama de leite
Teté - Bredo sem espinhos
Orim-rim - Alfavaquinha
Odum-dum - Folha da costa
Exibatá - Golfo redondo de manam
Jacomijé - Jarrinha
Afoman - Erva de passarinho
Já - Capeba
Timim - Folha de neve branca, cana-do-brejo
Peculé - Parioba
Bala - Taioba
Jamim - Cajá
Aferé - Mutamba
Obô - Rama de leite
Òòsààlà
Teté - Bredo sem espinhos
Orim-rim - Alfavaquinha
Odum-dum - Folha-da-costa
Ibim - Folha de bicho
Efim - Malva branca
Ilerim - Folha de vintém
Omim - Beldroega
Omim-ojú - Golfo branco
Jacomijé - Jarrinha
Tinin - Folha de neve branca, cana-do-brejo
Pachorô - Folha da costa branca
Monam - Parietária
Peculé - Parioba
Bala - Taioba
Jamim - Cajá
Ori-dum-dum - Folha da fortuna
Aferê - Mutamba
Obô - Rama de leite
Omim-ibá-ojú - Folha de leite
Teté - Bredo sem espinhos
Orim-rim - Alfavaquinha
Odum-dum - Folha-da-costa
Ibim - Folha de bicho
Efim - Malva branca
Ilerim - Folha de vintém
Omim - Beldroega
Omim-ojú - Golfo branco
Jacomijé - Jarrinha
Tinin - Folha de neve branca, cana-do-brejo
Pachorô - Folha da costa branca
Monam - Parietária
Peculé - Parioba
Bala - Taioba
Jamim - Cajá
Ori-dum-dum - Folha da fortuna
Aferê - Mutamba
Obô - Rama de leite
Omim-ibá-ojú - Folha de leite
RELAÇÃO DOS EBÓS
A forma de despachar os ebós, anunciando os nomes dos mensageiros dos recados, fala-se:
OÉ-TURA-WAGBATÈTÈ - VENHA RECEBER DEPRESSA
OGUN - DAGBE -DE WÀ GBA TÈTÈ - CHEGUE PARA RECEBER
WORUN -OFUN -WÀ GBA TÈTÈ - VENHA RECEBER DEPRESSA OWORUN
SERE - O GBA - TÈTÈ - RECEBA DEPRESSA OTURÁ –
AYKÓ WA GBA TÉTÉ - VENHA RECEBER DEPRESSA
OTURUPON - OKARAN - WA GBA TÈTÈ - VENHA RECEBER DEPRESSA
OKARAN - OIERU - WA GBA TÈTÈ - VENHA RECEBER DEPRESSA
" OMO ODUS DE EJIONILÊ " "OSOGUIA
1. OLAFIN
2. ODOLUÁ
3. KUDIRÉ
4. SAGRIN
5. EBUIM
6. AKANJI
7. YALANTE
8. EKIO
9. SILIN
10. KOKONISSE
11. IRO
12. SAKONAN
13. SOÍA DA
14. MOROSSE
15. GEA
16. DEJANISSÉ
Observações Importantes:
OXOGUIÃ
foi o único Orixá que driblou a morte por isso ele é sempre chamado em caso de muita aflição.
Os odús vieram primeiro que os Orixás, o n.° 06 se ele não quer presente faz a pessoa perder tudo. Todos comem com ele e ele come com todos, ao afastar ou tirar qualquer outro odú. também deve imediatamente lhe agradar para que o que esteja respondendo de forma negativa faça parir o bom.
Para agradar Obara nunca se deve fazê-lo para uma só pessoa, sempre coletivo, o Tesmo para assentar, nunca para uma só pessoa.
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